30 março 2007

Pacifismo selectivo

28 março 2007

Ciência a la carte


O Range-o-Dente recolheu um rol impressionante de estudos científicos ligados ao pretenso fenómeno do aquecimento global. Gostaria de salientar pérolas como a existência de estudos que prevêm a subida dos níveis de plancton e de outros que prevêem a sua descida, com base na mesma causa. Quem diz plancton diz, nuvens, lobos, ozono... É o que se queira, desde que seja catastrófico e devido ao aquecimento global. Ilustra também a realidade do mundo científico. A acreditar no livro das Viagens de Gulliver, já é assim há muito tempo.

The Sun worshipers


Maior central solar do mundo é hoje inaugurada em Serpa
«Sem custos de fuel ou emissões, a central vai produzir 20 gigawats/hora de energia por ano que, segundo Piero dal Maso, será suficiente para alimentar oito mil habitações e poupar mais de 30 mil toneladas em emissões de gases de efeito de estufa em comparação com uma produção equivalente a partir de combustíveis fósseis. »
(in Diário Digital)

Os caros jornalistas procuraram saber quantas toneladas de gases de estufa foram emitidas para poder produzir o dito parque fotovoltaico? Ou o que é preciso é continuar a ter uma fé inabalável nas fabulosas energias verdes, a qualquer preço?

27 março 2007

Messiaen não lhe chega aos calcanhares

Repare-se na acentuação rítmica. Na naturalidade do dodecafonismo! Na absoluta concentração! Nem perante Bach se deixa intimidar.

I'm not being stupid. I'm just being myself

Todo o homem tem dentro de si alguma dose de estupidez. A maioria só a consegue detectar nos outros. Essa é a sua estupidez.


Nota: Post parcialmente inspirado nesta posta na AAdF

26 março 2007

Posta um tanto ou quanto fascizóide

Salazar, Salazaaar
Salazar te quiero
A propósito do tão falado consurso do "Ganda Tuga". Facto curioso sobre as sondagens e seus resultados: quando é a pagar, vencem Salazar, Cunhal e Aristides Sousa Mendes. Quando é de borla, estes três ficam no final da tabela.

The (Really) Fallen Madonna With the Big Boobies


Cabeças Ocas


Segundo O Cúbico, parece que há uns fachos a querer tomar as rédeas da Faculdade de Letras. Estranho... Tanta faculdade e tinham logo de escolher a que é dominada pela extrema-esquerda. Masoquismo ou vontade de andar à porrada?

25 março 2007

The Fallen Madonna With the Big Boobies

23 março 2007

Prémio "Cuba é muito giro e coiso"

Os Audioslave puseram um ponto final na sua carreira com a saída de Chris Cornell devido a "conflitos pessoais insanáveis". Segundo esta fonte, a saída ter-se-á devido ao facto de todos os membros do grupo repartirem os lucros da venda de álbuns de forma equitativa. Cornell terá achado isso injusto uma vez que ele terá escrito a maior parte do material editado. Para quem se gaba de ter sido a primeira banda rock americana a tocar em solo cubano e manifesta clara simpatia pelo regime (damn americans!), é surpreendente tal justificação. O socialismo puro e duro afinal só é bom para os outros. Diga-se, a bem da verdade, que Cornell sempre procurou afastar referências políticas das suas letras, mostrando-se bem menos empedernido que os seus colegas, especialmente Tom Morello.
Aos mais radicais é sempre exigida maior coerência. Por isso é que facilmente lhes cai a máscara.

Somos muita bons, pá


Map proves Portuguese discovered Australia


Apraz-me fazer duas considerações:
1-Há dias em que tenho orgulho neste país de hobbits.
2-Cristovão de Mendonça a "Maior Português"! Acabava-se logo com esta treta deprimente do Cunhal vs Salazar (que é o mesmo que dizer bosta vs poia)
PS: obrigado ao Rodrigo pela notícia

21 março 2007

O coração das cidades é o relógio



Profunda, não?

Questões disputadas


Após ler o post "Oooooppsssss" na Arte da Fuga, decidi escarafunchar um pouco.


O artigo citado na posta da Arte da Fuga tem por base um estudo da CNW Marketing Research, ligada ao ramo automóvel, e defende que o impacto ambiental da produção de um Jipe (dos produtos mais energética e ambientalmente ineficientes da indústria automóvel) é muito inferior à de um automóvel híbrido. Defende igualmente que o balanço energético é favorável ao jipes devido sobretudo ao efeito da pouca vida útil das baterias de um híbrido. O balanço favorável ao Hummer "cheirou-me mal" e custa-me um pouco a aceitar que a desvantagem (a existir) seja tão grande. Encontrei um fórum onde se discutem as conclusões e a plausibilidade dos pressupostos assumidos no estudo o que fio de enconto às minhas suspeitas. Há portanto quem discorde que a vida útil de um jipe seja 2,4 vezes superior à de um automóvel híbrido. Outro ponto discutível (apesar de relevante) é o facto de se ter assumido o custo energético de transporte, o que vem favorecer os automóveis americanos face aos japoneses (importados). este argumento só vem demonstrar que os automóveis importados são menos amigáveis que os produzidos internamente. Um óptimo argumento para os proteccionistas.


Por um lado, o artigo chama a atenção para um aspecto muitíssimo importante na avaliação da ecologia dos produtos que compramos: os balanços energéticos e ambientais. O exemplo mais flagrante é o dos painéis solares onde tudo parece muito limpinho mas na realidade é necessária muita energia para as produzir e, segundo as últimas "wiki-informações", são necessários 2 a 5 anos para que a energia produzida iguale a energia gasta com as devidas consequências ambientais. Portanto, ao implementar eco-soluções, privados e públicos deveriam "balancear" bem antes de se porem a fazer asneira.


Só que nestas questões disputadas há sempre fenómenos de fé cega e de alguma selectividade. É frequente ouvir os aguerridos defensores do ambiente lançarem suspeitas sobre os interesses por detrás das opiniões contrárias à doutrina ecologista. Não duvido que muitas vezes estejam certos. Mas sempre? É que, como já referido aqui anteriormente, o argumento dos grupos de interesse também se pode aplicar ao contrário. Os eco-negócios e eco-tachos estão cada vez mais na berra, o que nem sempre significa que o resultado líquido seja melhor que o anterior.


Portanto, estamos debaixo deste ruído de suspeita eco-evangélicos e eco-hereges o que é bastante maçador para quem se quer informar com algum rigor.

19 março 2007

Ena!

Já ultrapassámos as 1000 visitas.

Ora como o sitemeter está a funcionar desde...coiso, então setecentos e qu... dias... faz de nós o blogue menos lido da história. Não percebo. Caldeirada é bom! Um dia ainda se hão de roer por não terem acompanhado o blogue desde a sua nascença. Nunca hão de ser old school fans, que eu não deixo.

Mas obrigado aos que cá têm vindo, esses depois terão entrada à pala e a Lili Caneças há-de ficar à porta.

18 março 2007

O filme Gore


Hoje (finalmente!...) vi o “documentário” de Al Gore. Documentário está entre aspas porque no fundo mistura tempo de antena político com documentário. Noutras circunstâncias seria facilmente classificado de propaganda. Mas o status quo e os méritos do próprio filme, evitam essa leitura à maioria dos espectadores.

Para mim a promoção da figura de Al Gore é por demais evidente. Os apartes sobre o atropelamento do filho, sobre os touros que ajudava a criar e do tabaco que ajudava a colher em criança, sobre a morte da irmã devido a cancro do pulmão, sobre a derrota eleitoral (que drama!) frente a G.W.Bush em 2000, são completamente irrelevantes para o tema do aquecimento global. Mas o documentário encaixa estes apartes com competência criando tensões e formando a imagem do nosso simpático apresentador.

Refira-se que, do ponto de vista cinematográfico e do ritmo, o documentário é muito bom (daí o Óscar?). Fiquei com pena de não o ter visto no cinema.

Na minha leitura, o documentário pretende transmitir 5 grandes ideias:


- O clima está a mudar

- Está a mudar devido à acção humana

- O mundo científico é unânime acerca do aquecimento global

- Os políticos são (os únicos) capazes mudar o terrível destino que se avizinha

- Al Gore é um deles

Para mostrar que o clima está em mudança (acelerada) Al Gore usa todo o tipo de exemplos, num exercício de sábio cherry-piking, que vão desde gráficos, ao recuo dos glaciares até às migrações de aves. Parece que não existe nenhum fenómeno natural desagradável que não se tenha devido ao aquecimento do globo. Nem os que antes eram tido como normais. Exemplo mais flagrante: os furacões. No meio disto tudo, Al Gore não se esquece de demonstrar alguma autoridade na matéria da climatologia explicando os mecanismos climáticos. Nesse ponto o documentário parece ser útil para quem nunca ouviu falar do assunto. Alerta-se para sinais existentes ao nível do desaparecimento de algumas espécies - bichinhos fofinhos (voz dengosa) - e da súbita proliferação de outros - insectos horripilantes portadores de temíveis doenças (voz cavernosa) o que denota alguma selectividade cognitiva ou, alternativamente, uma vontade de manipular. Os exemplos de alterações assentam na observação de dinâmicas que vão de 6500 anos até 35 dias. É à vontade do freguês.

Para apoiar a crença de que o Homem é responsável por estas alterações, Al Gore focaliza-se obsessivamente no CO2. Quem nunca tenha lido nada sobre o assunto sai plenamente convencido de que só o CO2 é responsável pela variação do efeito de estufa e , consequentemente, pelas supostas alterações no clima. Não se fala nem do vapor de água, nem do metano, nem da actividade vulcânica, nem da actividade solar, nem das irregularidades orbitais da Terra. Aí eu desculpo mais o prezado ex-futuro-candidato a presidente. É normal cada cientista achar que a sua especialidade é mais útil à humanidade que as outras. Se fosse musicólogo, talvez estabelecesse um nexo de causalidade entre a proliferação de percussões na música e a temperatura na Terra.

Para ganhar crédito, Al Gore arrasa com os opositores das ideias que defende. Diz que não existe nenhum artigo publicado que contrarie a tese do aquecimento global por razões antropogénicas (desculpe?????) e, subliminarmente, compara essa ameaça à ameaça nazi. Todos os cépticos do aquecimento global estão a soldo de multinacionais do ramo petrolífero. Toma e embrulha! Esquece-se de que também já existe uma “indústria” em torno do aquecimento global: a investigação e os gabinetes de ambiente também precisam de big bucks.


Juntamente com esta ideia ainda vende outra: a de que os problemas na Terra são fruto da política e se resolvem com… política. Uma que me fez rir foi quando conta como se emocionou ao ver uma amostra de gelo polar onde era visível a entrada em vigor de uma lei ambiental (alguém me é capaz de lembrar qual?) que ele ajudou a aprovar (desculpe????). A mensagem inicial é a de que o ambiente depende da política. Essa ideia vai sendo repetida interpoladamente ao longo do documentário sendo que, para mim, o auge é atingido num pequeno cartoon em que se ilustra uma experiência científica. Para quem não viu, eu explico: quando uma rã é metida num recipiente com água muito quente ela salta cá para fora; mas quando ela é mergulhada num recipiente com água fria e depois se começa a aquecer, a rã não reage até ser cozida. Mas Al Gore não cai no erro de mostrar, nem num cartoon, uma rã cozida. Logo aparece uma mão que retira a rã do recipiente e a devolve à liberdade (uma espreguiçadeira sob um chapéu-de-sol numa praia) e Al Gore diz algo como “We must never let the frog die”. E assim se resumem as duas últimas ideias-chave que enunciei: só a mão salvadora de um bom político poderá salvar a estúpida mas simpática de uma fatalidade pela qual não é responsável nem consciente. Só entregando-nos nestas mãos tão humanas nos salvaremos a nós e aos nossos filhos e netos. OK! 10 minutos para irem buscar um lenço e acabar de ler a posta.

……

Felizmente Gore não desce tão baixo ao ponto de dar personalidade à Terra – qual bichinho fofinho à beira da extinção. O enfoque ecológico é, a meu ver mais saudável e menos infantil do que é vulgar encontrar em propaganda do género. O enfoque é posto no Homem enquanto principal interessado em manter o ambiente onde vive o mais aprazível possível. Que deve cuidar do planeta como cuida da sua casa. Que é mais vantajoso para si utilizar os recursos naturais com racionalidade e assumindo uma perspectiva de longo prazo. Mas, ao contrário de Al Gore, não acredito que acção política possa contribuir para isso de forma eficiente.

15 março 2007

Porque convém estar atento

14 março 2007

Vamos lá meditar nisto

O liberalismo triunfará quando as pessoas deixarem de gostar de pagar para ter o Estado a tomar decisões por elas.

09 março 2007

Islão libeal e progressista

The St. Petersburg Declaration (via A Arte da Fuga). Só mesmo nos EUA. Alguns iluminados democratas bem poderiam aprender algo. In my humble opinion.

07 março 2007

Gustav Leonhardt toca Buxtehude

(Prelúdio em Sol menor BuxWV163. Órgão da Nieuwe Kerk, Amsterdão)

Curioso encontrar um vídeo do "pai" da interpretação "hisóricamente informada" de música antiga para tecla, tocando precisamente um compositor que foi, em grande medida, "pai" da música para tecla de Johann Sebastian Bach. O jovem Bach, tendo já tido certamente algum contacto com a música de Buxtehude, pede uma licença de 1 mês para ir aprender com o Mestre na cidade de Lübeck (a 300 km de onde ele se encontrava). Fez a viagem a pé (verdade ou lenda?) e demorou-se por lá 3 meses. O resultado parece óbvio quando se compara a música de ambos.
Buxtehude é talvez o expoente máximo do stylus phantasticus na sua época. O "estilo fantástico" consiste numa abordagem altamente virtuosística e caprichosa do instrumento de tecla, com resultados espetaculares na literatura para o órgão. Na prática, traduz-se em passagens musicais de grande dificuldade técnica, muita alternância de teclados, mudanças bruscas de temperamento musical e utilização plena das possibilidades sonoras do instrumento. Tudo isto pode ser visto neste vídeo de excelência. O prelúdio começa por um trecho tocado com uma registação plena (muitos registos a serem tocados ao mesmo tempo) que pára quase abruptamente para dar lugar a uma pequena fuga trecho em compasso de dança, tocado no teclado superior (com menos registos). O trecho musical é interrompido novamente para outra pequena secção em estilo improvisatório e que desemboca numa nova fuga, desta vez mais elaborada. A fuga termina em suspenso dando lugar a um trecho virtuosístico com bastantes trocas de teclado. Volta uma fuga em ritmo de dança que vai crescendo em bravura e que termina de forma surpreendente esta peça.

06 março 2007

Pior que pagar por certos estudos é publicá-los

A SIC on-line tem hoje esta pérola: Não há espaço para armazenar tantos dados digitais produzidos no mundo. Já parece o outro que dizia que depois de mil-novecentos-e troca-o-passo já não seria possível inventar mais nada, ou que os cidadãos não iriam necessitar de mais de 48K de poder computacional.

Leitura obrigatória! Coerciva até...

O post do jcd no Blasfémias: Solidariedade Coerciva. O que se lê sobre a solidariedade pode perfeitamente ser lido no que respeita a outros aspectos da vida em sociedade. Ainda ontem, numa conferência sobre regulação, ouvi alguém perguntar-se "até que ponto a intervenção estatal em certos sectores da economia não será uma nova forma de nacionalização?"

Efeitos colaterais


Segundo o Diário Digital, Israel espera um baby-boom nove meses após o final da guerra com o Hezbollah. Suspeito que o Hezbollah tentou ganhar a guerra utilizando armas químicas afrodisíacas na esperança de uma debandada de soldados israelitas em busca de "personal-trainning" (grelo, portantos). Só que o soldado israelita é um macho disciplinado e esperou o fim da guerra para voltar a casa, fazer amor com a sua respectiva e pousar as malas. Por esta ordem.

Estato-cidadania


Hoje pela matina, ouvi a proposta da Info 3 net, que diáriamente propõem a visita de um site mas que, no meu entender, na maioria dos casos prima por ter um cariz "canhoto".

Hoje tratou-se do site CidadaniaLX. Aquilo fez-me lembrar logo (porque será?) o José Sá Fernandes. Mas a descrição dada pareceu-me interessante: a possibilidade do cidadão comum poder denunciar situações positivas ou negativas na cidade de Lisboa. Assim de repente, lembrei-me logo dos prédios devolutos e originalmente lindíssimos que vegetam nas principais avenidas e no estacionamento selvagem. Por isso resolvi ir lá visitar.

Deparo com um site do tipo caseiro (não esperaria outra coisa de um movimento cívico à base de carolice) que denuncia uma série de situações negativas em determinados pontos da cidade, todos devidamente catalogados e acessíveis pela barra de navegação. Para a maioria dos problemas são propostas soluções. O que me entristeceu foram as soluções propostas. Todas elas implicam mais intervenção estatal e mais intervenção camarária. Como se o Estado e a Câmara tivessem um varinha de condão e recursos ilimitados. Como se o Estado e a Câmara fossem exemplo de rigor e competência. Denotam também algum iluminismo pombalino: "ora, corta-se o trânsito aqui (escarro), proibe-se o estacionamento ali, mais um jardim acolá (arroto), um teatro experimental mais acima, um Conservatório em vez daquele hotel (peido)...". Ou seja, se se chegou ao ponto que chegou foi porque Câmara, Estado e população são uns imbecis. As coisas são tão fáceis de resolver (leia-se , tornarem-se no ideal produzido nas cabeças iluminadas) que só não se resolvem por culpa da imbecilidade. Depois há muito bold e sublinhado como se de palavras de ordem se tratassem, o que denota um certo espírito trauliteiro.

Todas as soluções encontradas no âmbito privado são criticadas (só o público é que é bom?) e também se nota um tom reaccionário nos problemas detectados - ó tempo volta para trás! Se é velho é porque está velho, se é novo é porque se devia ter mantido velho.

Noto que não é revelada a autoria do site. Ninguém dá a cara ou o nome. Existe um blogue apenso com alguns nomes entre os quais um tal de CIDADANIALX que suponho ser o autor do site. Mas fica sem se saber se é uma pessoa, associação, partido político, juventude partidária... Um pouco de transparência não vinha nada mal.

Mas vale a pena visitar. Lá são denunciadas situações de esquecimento de património que denotam problemas efectivos que seria uma pena não ver resolvidos e que denota um certo desprezo pelo passado. E o grau civilizacional de um povo mede-se (também) pelo repeito que este tem pelo seu passado. Também a destacar uma análise interessante do sistema de transportes públicos.

03 março 2007

Reparozinho

A Caldeirada amiga, gosta de prestar o seu servicinho.... Público. Neste caso gostaria de avançar com uma pequena admoestação ao editor on-line do Público. Eu sei que é fim-de-semana e tal, mas acho que colocar a notícia da "maior manifestação de todos os tempos"(houve investigação por parte do jornalista do Público ou limitou-se a reproduzir o que lhe disseram qual títere de propaganda?) convocada pela CGTP na secção de economia em vez de na secção de política não será de todo correcto. Ou cada vez mais a Economia e a politiquinha se confundem?....

Ajoelhou?... Vai ter que rezar!

Governo vai obrigar a PT a cumprir a promessa de separar redes
(in Público)

Estaremos atentos. Não vá escapar algum "padre-nosso".

Já agora: quem é que vai obrigar o Governo a cumprir a promessa de obrigar a PT a cumprir a sua promessa?

02 março 2007

Máxima para hoje




A falta de civismo é transversal a toda a sociedade portuguesa. Atravessa novos e velhos, ricos e pobres, mulheres e homens, cultos e analfabetos. Há dias que até me atravessa a mim.

01 março 2007

Visão em revista

Hoje a revista Visão estreia-se com um novo look. O conteúdo mantém-se básicamente igual. Pena é que as ácidas caricaturas de Rui tenham desaparecido. No geral tratou-se apenas de um face-lifting.
Tenho dois pontos a destacar. O primeiro, um artigo sobre Robert Mugabe em que no topo se listam os "piores ditadores" segundo a revista Parade. Só que me parece que meteram no mesmo saco realidades muito distintas e que me custam aceitar. Se estou de acordo que Omar Al-Bashir do Sudão, Robert Mugabe do Zimbabwe, Islam Karimov do Usbequistão e Muammar Al-Khadafi se podem enquadrar perfeitamente na categoria de ditadores; já no que toca a Kim-Jong Il da coreia do Norte, Sayyid Ali Khamanei do Irão, Hu Jintao da China, Than Shwe da Birmânia me levantam sérias dúvidas. Nestes casos estamos perante ditaduras de partidos e elites do que propriamente de pessoas. A ditadura na China é mantida pelo Partido Comunista Chinês que por sua vez decide quem é o seu líder máximo. Numa ditadura típica é contrário: quem manda é o ditador que por sua vez tem controlo absoluto sobre o seu partido. É claro que nesta categoria existem casos menos claros como o de Kim-Jong Il que mantém uma visão mais estalinista do poder e, por isso, uma liderança partidária mais pessoal. Neste caso prefiro falar de ditaduras de elite do que propriamente de ditadores no sentido clássico.
Quanto a classificar o Rei Abdullah da Arábia Saudita ou Bashar Al-Assad da Síria como ditadores já me parece de todo errado. Npo primeiro caso trata-se de uma monarquia, ainda que absoluta, e no segundo caso trata-se de um persidente eleito. Pode-se alegar que nestes casos haja sintomas de défice democrático mas, para mim, isso não basta para se atribuir o "grau" de ditador. Como me pareceria catalogar o Rei Don Juan Carlos ou a Rainha de Inglaterra ou o Papa Bento XVI como ditadores.
O segundo ponto que gostava de destacar é o facto de estarem disponíveis no site da Visão (www.visão.pt) as gravações de algumas das entrevistas publicadas. Parece-me um ponto bastante positivo. Especialmente interessante porque agora se pode estabelecer a ponte a entrevista e o que foi publicado. Experimentei ouvir o excerto que está disponível relativamente à entrevista de D. Policarpo e comparei com o texto publicado. O que se escreveu nas respostas de D. Policarpo, quase metade são declarações do próprio entrevistador (às quais presumo que D. Policarpo terá acenado afirmativamente com a cabeça) ou respostas induzidas pelo entrevistador. É particularmente elucidativo da maneira como se extrai e publica a informação que vamos lendo na nossa imprensa.