11 maio 2007

Shut up and sing!

Ao ler este artigo no A Arte da Fuga, em que a artista Sheryl Crow faz uma proposta ecológica de limitar o uso de papel higiénico nas casas de banho a uma duas ou, vá lá, três folhinas no máximo, instalou-se-me a revolta. Sheryl Crow esquece-se de que ela tem a sorte, dada a sua condição de mulher, de não ter abundantes pêlos no traseiro. Logo, leva alguma vantagem competitiva na implementação de medidas ecológicas de tamanho arrojo. Pedia à Sheryl: Shery, pá! Tem pena aqui do homem. Não nos queres ver a fazer figuras destas no emprego, pois não?

É que três folhinhas não chegam nem para começar. E aqui no escritório não há bidés.

Já bem basta esta senhora, cuja identidade não revelo, (está descansada Teresa) tantas vezes ter de recorrer a este método e quase sempre com ajuda de entidades externas.

A prova cabal

A prova definitiva de que o aquecimento global é uma tanga!

Portugal no seu melhor

Aqui está uma pérola enviada por Miss Patareca. Hoje destacamos a zona de Valada, Santarém.

E não! A fotografia não foi tirada a partir de um espelho.

PS: Posta número 350!!!!!

Esqueçam o aquecimento global!

Antes disso temos de resolver outros problemas mais graves.

10 maio 2007

Leitura recomendada

O direito de abrir casas de fumo, via Blasfémias. Simples mais simples é difícil.

Sabe bem mas faz mal

Esta é dedicada à rapaziada da Arte da Fuga e afins que defendem a liberalização das drogas. Estas experiências científicas em aranhas comprovam os efeitos perniciosos em seres humanos. A Ciência não mente.

09 maio 2007

É arte, estúpido!


Recentemente, enviaram-me um e-mail com uma socioexperiencia feita pelo Washington Post: convidaram o famoso violinista Joshua Bell para tocar o seu Stradivarius numa estação de metro de Washington, de forma completamente anónima, no dia seguinte a ter dado um recital naquela cidade. O vídeo pode ser visto aqui. Sucede que, no tempo em que decorreu a experiência, quase nenhuma das centenas ou milhares de pessoas que ali passou se deteve para o excutar enquanto no dia anterior encheu o Symphony Hall de Boston três dias antes e a pagar um nota, provavelmente. Depois, lá vem aquele relambório de que estamos a perder a poesia e que o ser humano está cada vez menos sensível à beleza, e pérolas a porcas, blá, blá, blá...


Se há pontos interessantes nesta reflexão, não deixa de haver igualmente falácias (estou a falar bem não estou?):


1- Músicos no metro em Washington é ao pontapé! Se a qualidade destes músicos for pelo menos tão boa como a dos que tocam no metro de Paris, um bom violinista sobressai muito menos do que se tocasse numa estação de Lisboa. Quem entrou no metro não escutou nada de substancialmente diferente, em termos de qualidade, do que noutra qualquer estação. Se tivessem posto um espetáculod e raios laser, já chamaria mais a atenção porque não é propriamente habitual. Se fosse, progressivamente, as pessoas começavam a ignorar.

2 - Quem passa pelo metro não tem de estar necessáriamente na disposição de mudar de agulhas para o modo "sala de concerto" ou "museu".

3- Não faz parte dos cânones de "ser uma pessoa decente" um gajo distinguir um excelente violinista e um violinista bom. Um melómano percebe, o cidadão comum à partida, não. O melómano está disposto a apgar para ouvir o excelente... Mas é injusto insinuar que quem não sabe apreciar uma boa partita de Bach é bruto. Ou quem não sabe distinguir um Miró de um Matisse. Ou quem não sabe reconhecer um selo valioso. Quem sabe se não me cruzei já com um escaravelho de uma espécie que se julgava extinta há muito? Sou bruto por ignorá-lo?

4 - A insensibilidade à beleza e ao génio não são um drama do Homem moderno. Já existem há muito tempo: Van Gogh, Bach, Rimbaud, também experimentaram o desprezo do público do seu tempo. Isto revela outro aspecto relativo à arte que é o elitismo. Surge da especialização de uma classe de pessoas que ambicionam sublimar a sua arte (nem acredito que escrevi isto...) e torná-la superlativa, difícil, subtil, nova, fracturante. Isso resulta quase sempre no afastamento do "grande público", que não é estimulado a acompanhar e aprender essas subtleizas. Se tivessem posto o Joshua Bell a tocar Bartok e a probabilidade de passar de ignorado a apedrejado aumenta substancialmente descendo proporcionalmente o nível de indignação perante o facto.

Ver também este comentário.

03 maio 2007

O meu órgão é maior que o teu (III)

(Paolo Oreni improvisa sobre o Bolero de Ravel)
Toma e embrulha! Aposto que molhou o banco todo.

É que a erva não provoca o "cancaro"

02 maio 2007

Mais uma história para assustar os meninos

«A proposta de lei anti-tabaco que o Parlamento discute amanhã na generalidade poderá obrigar os proprietários dos cafés e restaurantes com menos de cem metros quadrados a denunciar os clientes fumadores.»

(in Público)

Já tou a ver o ti Mendes da taberna lá em Santa Eulália: É pá! Ó Carrajana! Apaga lá a merda do cigarro olha que vou chamar a GNR.

Carrajana: Chama à vontade que com o mê filho posso eu bem!