Expressões buéda giras

"Dar caça."

Exemplos:
- Vamos dar caça à PIDE
- Vamos dar caça aos falsificadores de calças de coz baixo

Isto a propósito da posta anterior

Já estávamos com saudades dos tempos da PIDE?

Pois descansem os mais saudosistas. Eis que o aparelho governamental responsável pela educação nos proporciona um pouco de "respeitinho" new-age. O blogue Vento Sueste chama a atenção para o questionário de avaliação dos professores que consta do Decreto regulamentar nº2/2008. Ora vejam lá na segunda página, na secção "Atitude". Que tal? Agora é que vamos caçar os comunas e rebeldezinhos todos.

Adenda: ao que parece, a pergunta não provém do referido decreto lei mas foi da iniciativa do conselho pedagógico de uma escola de Leiria. A posta perde assim o seu sentido e piada original.

Leitura recomendada do dia

A propósito desta posta, "Novo Satã: lâmpadas incandescentes" do Range-o-Dente no Fiel Inimigo. Apesar de não se perceber nada dos dois primeiros pontos, os restantes são interessantes.

Um interessante rol de contras ater em atenção na decisão de comprar lâmpadas compactas e fluorescentes. Recomenda-se igualmente este e este link.

«Quinto:
As lâmpadas fluorescentes são substancialmente mais difíceis de digerir pela natureza. Contêm tudo o que as incandescentes contêm e contêm ainda cobre e mercúrio.
Sexto:
As lâmpadas fluorescentes emitem quantidades substanciais de radiação electromagnética, a tal que a Quercus deplora nas linhas de alta tensão.»

Experiências surreais I

Prometer uma série de postas surrealistas e publicar apenas uma.

Experiências surreais I

Andar na rua e juntar as conversas que se vão escutando.

Vamos escrever uma carta ao Pai-Estado

Quercus entrega mega-postal ao Governo para pedir fim das lâmpadas incandescentes em 2011
(in Público)

Se não fosse o papá estado ainda estariamos a utilizar video-cassetes betamax, ouvir música em bobines, disquetes de 5,5', televisores a válvulas, gira-discos... O consumidor é um ser muito estúpido para fazer boas escolhas. Que o Estado-papá nos ajude. Ecologia coerciva justifica-se.

Nem a Deco escapa à falta de ética para com os seus clientes

Leio no Economia & Finanças que até a DECO utiliza «técnicas de marketing agressivas» e esconde o facto de os seus actuais assinantes poderem ter acesso a uma redução de preço nas assinaturas da Pro-Teste. Realmente! Faz o que eu digo...

O homem não pára

Mais uma posta brilhante do João Miranda no Blasfémias.

«1. Mais vale uma empresa com prejuízo do que uma empresa com lucros astronómicos.[...]

3. A melhor explicação para os preços nunca é a escassez, é sempre a existência de carteis.[...]

6. Quado os bancos não têm lucros astronómicos estamos perante gestão danosa.[...]

9. Ginásios para os obesos e pão para os esfomeados são prioridades sociais.[...]

10. O BCE deve manter os juros baixos. Em simultâneo, os comerciantes não devem fazer repercutir a inflação gerada pelos juros baixos nos preços ao consumidor.»

Infame piada Cantuarina

- A senhora costureira faz-me um burkini?
- Burkini... faço!

A TV pública(?)

O blogue Do Fundo da Comunicação pergunta: Deverá a RTP ter publicidade ou não?

A RTP é actualmente um caso de parceria Estado/Privados. Mesmo nos canais de rádio onde, teóricamente não há publicidade, esta a aparece... encapotada. Isto torna a actuação da estação algo... como hei-de dizer?... Promíscua. Eu sou apologista de sistemas tendencialmente puros, assumidos. Ou se opta por um canal inteiramente público - sem preocupações comerciais - ou se assume que não vale a pena gastar recursos públicos para suprir necessidades que o sector privado pode suprir com menores custos.

A televisão do Estado, em especial o Canal 1, não está a servir para colmatar as falhas de mercado mas sim para oferecer o que o mercado já proporciona sem ir ao bolso do contribuinte ("extorquido" seria uma expressão mais feliz...). Logo, não está a criar nenhuma mais valia para a sociedade e está a desperdiçar recursos. Ao concorrer, em vez de proporcionar programação que o mercado não produz, também o faz deslealmente uma vez que tem sempre a almofada do orçamento de Estado. Na minha opinião, a abolição da publicidade na TV pública terá de ser sempre sempre condicional à mudança de orientação da programação. Isto também válido para a rádio onde já não há publicidade mas em que, em muitos casos, a estratégia é de concorrência com os privados. Faz algum sentido que haja playlists na Antena3? Programas de discos pedidos?!?!?
Já a Antena2 creio que presta um verdadeiro serviço público pese embora suspeite que caso se extinguisse esta estação, logo apareceria uma rádio privada a fazer algo semelhante.

A opção por uma TV inteiramente pública também levanta outros problemas e dilemas. Há que definir o que é "serviço público", definir e identificar as "falhas de mercado", definir a estratégia de actuação e determinar qual a quantidade de recursos adequada para implementar a estação e a programação. Sem esquecer que se deverá assumir como dado adquirido que, sendo uma estação do Estado, estará ao serviço de quem o comanda, ou seja, o executivo em funções. É preferível um canal estatal (não monopolista) - ao estilo da TV salazarista/marcelista - que assumidamente serve o Governo que a situação actual em que essa subserviência é (mal) dissimulada. Seria mais transparente.

Com todos estes constrangimentos, dilemas e perigos que a opção pelo público coloca, acho que ainda assim prefiro a terceira opção: nenhum canal público de TV. Acabava-se de vez com o dilema da publicidade.

E ainda dizem que a selva é uma loucura

Burkini

As grandes comoções sociais provocadas pelo "conflito de civilizações" revelam grandes doses de esquizofrenia. Senão reparem: As forças ditas progressistas do Ocidente pugnam pela tolerância dos costumes vindos do Oriente. Por sua vez, as forças ditas progressistas do Oriente lutam contra o peso dessas mesmas tradições. As forças ditas conservadoras do Ocidente pugnam pelos valores Ocidentais e acham que as tradições orientais devem ser limitadas e enquadradas no contexto Ocidental. Por outro lado, as forças ditas conservadoras do Oriente acham legítimo que as tradições devem prevalecer a todo o custo e se possível que se espalhem por todo o mundo. Resultado: conservadores ocidentais alinhados com progressistas orientais e progressistas ocidentais alinhados com os conservadores orientais. Giro este mundo.

Leitura recomendada do dia

Há falta de ideias geniais, brilhantes e e originais deste vosso selvagem blogger, resta-me recomendar esta posta do "negacionista" alf no Outramargem.

«A teoria do Aquecimento Global é uma Mentira Conveniente, inventada para promover o desenvolvimento de energias alternativas ao petróleo. Uma necessidade óbvia mas se calhar impossível de conseguir sem o recurso à Mentira Conveniente. Impossível porque os Humanos não são comandados pela Razão.»

Leitura recomendada do dia

"Ao sabor do ciclo económico" de João Miranda no Blasfémias.

«Os partidos políticos têm que criar a ilusão de que nós precisamos deles.[...] o mundo da partidarite a economia obedece ao Estado. Como é evidente, tanto a oposição como o governo têm interesse em manter a ilusão de que podem fazer alguma coisa pela economia para alem de atrapalhar. E é por isso que o jogo atinge níveis sofisticados de aldrabice e contorcionismo. [...] Se o indicador baseado na variação homóloga falhar é sempre possível recorrer ao indicador da variação trimestral ou à tendência da variação trimestral (aproveitando a variação sazonal quando dá jeito)»

Leis do tabaco e afins

Cheira-me que este zelo em torno do fumo nos restaurantes e afins só vai durar até que a malta se aperceba do doce odor da impunidade.

5 anos a partir

Parabéns aos Marretas!

Tudo muito bonito

"Yes, we can!"

O pior é quando depois, já no poder, o slogan se transforma em "Yes, we must!"

A fábrica de sonhos americana mostra-se nesta campanha em todo o seu esplendor. Tanto é que boa parte da blogoesfera e da imprensa parece mais entusiasmada com estas eleições do que com as nossas próprias.

Antes que o homem pise outro planeta do sistema solar...

.. ainda havemos de trazer um satélite de Saturno aqui para a nossa beira.

«De acordo com novos dados obtidos pela sonda Cassini, Titã, uma das luas de Saturno, possui centenas de vezes mais hidrocarbonetos no estado líquido do que todas as reservas de petróleo e gás natural existentes na Terra.»
(in Astronovas)
link ainda não disponível

Ao preço que a gasolina está, Titã deve estar a valer um dinheirão.

qualquer dia...

Acho que na blogoesfera portuguesa, mas mais concretamente aqui e aqui, se anda a fazer uma tempestade num couvert.

Já só me falta ver o porco a voar pedalando na sua bicicleta

Acabei de me deparar com uma caixa multibanco com uma entrada para auscultadores. Aquilo é para quê? Para ouvir música enquanto se consulta o saldo? Encontrei outro blogger que também já se deparou com o mesmo e ficou igualmente perplexo.


PS: parece que afinal se trata de uma ajuda para os cegos. Tá explicado.

Cada um desenvencilha-se com a cabeça que funciona melhor

Cientistas afirmam ter localizado o ponto G das mulheres graças à ecografia
(via Público)
Nada contra. Cada um descobre o Ponto G como pode. Também não me enoja que se recorra a piropos gerados recorrendo a software de inteligência artificial programados em Cobol. Cada um que engate como lhe der mais gozo.

PS: ver este post também.

Eufemismo para "Projecto Guerra das Estrelas"

Navy scores direct hit on spy satellite
(in Yahoo!News)

Diz que foi para evitar que o combustível causasse estragos. My ass! Ao preço que a gasolina está faço ideia quanto custará o litro de gasoil para satélite... Ia-se lá desperdiçar.

P.S.: Das duas uma, ou o Público é muiro desconfiado ou ainda estão a dormir (9:15)

Eu sei que ainda é cedo para falar

Petróleo atinge novo recorde após superar 100 dólares
(in Jornal de Negócios)

Eu bem tinha dito que os preços do petróleo iriam subir. Caso não não descessem, é claro. Por isso é que sou bom a prever. Não me escapa nada!

Pudores

Ontem passei os olhos pelo programa "Sempre em Pé" do Marco Borges e vi uma rábula dedicada ao "Diz que é uma espécie de magazine". O sketch estava acutilante e certeiro ainda que muito mal conseguido ao nível do humor - não tinha mesmo gracinha nenhuma. Com o fenómeno Fedorento a malta apercebeu-se que não é necessário ter o curso de actor para se fazer humor mas ainda não se apercebeu que é preciso compensar isso com elevadas doses de comicidade. Adiante.
Reparo que no final do sketch os autores puseram um "letreiro" que dizia algo como: "Os autores confessam que são fãs dos Gato Fedorento e que até possuem todos os DVD's do grupo". Temeriam estes toscos eventuais represálias? Temiam que os Gato Fedorento nunca mais lhes falassem na rua?

Engraçado que eu próprio já o fiz este tipo de ressalvas aqui neste blogue em críticas que fiz ao RAP e restante pandilha. Porque será que temos tendência para o fazer? Nunca vi os Gato Fedorento a "pedirem desculpa" depois de qualquer rábula. Será que ainda achamos que quem critica é porque não gosta? ou porque se se tem antipatia? ou que é falta de respeito? ou será mesmo medo das represálias? Em especial no mundo do humor passam-se este tipo de coisas. Por exemplo, o Herman José. O único sítio em que o vejo ser satirizado é no Contra-Informação. Não conheço nenhum humorista que se tenha atrevido a insinuar uma crítica. Antes pelo contrário, existe uma grande deferência para com o artista que se encontra, no meu entender, numa fase de clara decadência, falta de imaginação e brejeirice (consequência da anterior). Porquê? Respeito pelo passado? Medo que se estrague uma amizade? Medo de represálias?

Más(?) notícias para um liberal

A Toshiba desistiu da corrida pelo formato de alta definição do futuro em favor da Sony (via Yahoo!News)

Eu que pensava que a história do VHS vs Betamax se ia repetir... Enganei-me. Parece que a Sony será mesmo monopolista no formato HD com o seu Blue-Ray. A banalização da alta definição terá de esperar.

Hoje recomenda-se

Esta curta e cáustica análise dos media no Lobi do Chá.

Ya te vas tarde, compañero!

O fiel amigo de Cuba resignou. Leio numa notícia do Yahoo! que Fidel, na sua entrada triunfal em Havana, terá dito ""Power does not interest me, and I will not take it." Percebo agora em quem se foram inspirar o Prof. Marcelo e o Santana Lopes. E eu a pensar que eles tinham um estilo muito próprio. Sou mesmo novato.

O segredo é impermeabilizar

Candidato a Presidente da Câmara de Lisboa que queira vencer as eleições tem aqui um slogan que lhe trará a vitória: "Por uma Lisboa à prova de água"

Asfixia para o nosso bem

Quanto tempo ainda vai ser preciso para nos darmos conta da absurda asfixia legal que nos vai regendo cada vez mais? Agora que, quase de repente, as autoridades se começaram a dar ao trabalho de aplicar aplicar leis que ninguém se tinha apercebido que existiam. Pensavam que os tempos da lei do isqueiro já lá iam, era?

Um momento de (apenas aparente) anti-americanismo

(Via A Arte da Fuga)

Sou eu que sou embirrante?...

Hoje na Visão, pode ler-se um artigo sobre Sarkozy. O tom é de total escárnio e desdém e à França política chegam a chamar-lhe "Sarkozilândia". Umas páginas depois aparece um artigo sobre Zapatero e a preparação para as próximas eleições. Nem o tom é o mesmo, nem a Espanha é denominada de "Zapatónia". Informação?
PS: Alguém conhece algum artigo da Visão em que se fale em "Chavónia"?

Em destaque

"Ambientalismo beato" de Henrique Raposo no Blogue Atlântico. Em consonância com as postas dedicadas ao Ambientalismo pop que por aqui já deixei.

«O que irrita no ambientalismo da moda é o amor pela Terra, pelo Ambiente ao mesmo tempo que se despreza as pessoas em concreto.»