Não chateiem, pá!

(in Público)
Já não se pode dormir em paz?
Um blogue por dá cá aquela palha



O Amnésia chama a atenção para um site que compara o real aspecto de alguns produtos alimentares pré-confecionados com o que aparece na embalagem. Em alguns casos a diferença escandalosa mas na maioria eu acho que é má vontade, como até se ilustra na própria posta. Espero que não estejam a sugerir que obriguem a que a imagem a figurar na embalagem seja o produto ainda enfiado nela e iluminado com uma lâmpada fluorescente azul-esverdeada de 40W com o azulejo beje esmaltado - igual ao da despensa da minha tia Pulquéria - a fazer de fundo. Isso tiraria toda a magia de comprar e de comer as ditas bodegas embaladas. Por falar em boas embalagens, eu até nem me teria nada importado de apanhar o susto que o Tommy Lee apanhou da primeira vez que acordou ao lado da sua (nossa!) Pamela Anderson.
Esta e muito mais hilariantes t-shirts e artigos para geeks em Think Geek. Não sou sócio, não compro lá nada, mas divirto-me à brava a passear por lá.






Um liberal pugna por uma economia assente em agentes privados (por oposição a uma economia assente no sector estatal) e concorrencial (por oposição a mercados monopolistas ou oligopolistas). Mas, mesmo num sector sem empresas estatais poderá haver intervenção estatal caso o estado decida intervir com forte regulamentação. Também aqui os liberais se manifestam contra uma vez que isso desvirtua (distorce) a livre concorrência e não faz corresponder a realidade ao resultado que seria produzido pelo conjunto de decisões produzidas pelos agentes quando deixados em liberdade. Argumenta-se que os resultados obtidos sem regulamentação são mais eficientes – melhores resultados com custos associados inferiores.
No caso da posta de Paulo Gorjão falava-se dos incentivos para optar por equipamentos ecológicos. Acha o Paulo Gorjão que não opção por equipamento de equipamentos ecológicos se deve à falta de incentivos uma vez que a poupança gerada ao optarmos por lâmpadas compactas não é suficiente para gerar alteração da decisão de compra. Eu argumento que pode não ser bem assim. Pode dar-se o caso de a poupança existir e, não sendo tremenda, ser significativa. Se os consumidores fossem confrontados com os factos puros e duros imediatamente antes do acto da compra certamente que muitos tomariam a decisão “desejável”. Isso vem demonstrar que Existem outros factores que interferem na tomada de decisão. A intensidade de exposição à informação relevante (custos\benefícios), o seu equilíbrio, a quantidade de ruído presente na informação, os canais utilizados, etc…
Paulo Gorjão, nesta posta, reflecte um pouco sobre a questão da racionalidade. O problema nesta questão é que, quando se discute racionalidade, é frequente misturar diferentes acepções da palavra racionalidade. Existe uma acepção valorativa e outra objectiva de racionalidade. Na primeira pretende-se atribuir um juízo de valor acerca de determinada acção, comportamento ou decisão - mais no sentido da razoabilidade. Uma decisão bem tomada é racional e outra mal tomada é irracional. Na acepção objectiva (económica) de racionalidade apenas se discute se, perante as mesmas circunstâncias, o indivíduo toma sempre a mesma decisão e que será sempre óptima.