27 junho 2008
A frase do dia
«[...] a Autoridade do Estado enfarda de manhã à noite.» no Lobi do Chá.
De facto, ele é "jovens problemáticos" a assaltarem esquadras, ele é traficantes a aviarem em juízes, ele é camionistas a cortarem estradas como muito bem querem e lhes apetece, ele é agentes da PSP a irem para o hospital para aprenderem a não se meterem em rixas alheias.
De facto, ele é "jovens problemáticos" a assaltarem esquadras, ele é traficantes a aviarem em juízes, ele é camionistas a cortarem estradas como muito bem querem e lhes apetece, ele é agentes da PSP a irem para o hospital para aprenderem a não se meterem em rixas alheias.
26 junho 2008
É morder, meus senhores! É morder
Um cão foi mutilado com uma máquina de ceifar, na passada terça-feira, em Cacia, concelho de Aveiro. O responsável pelo acto abandonou o cão sem assistência, tendo o animal morrido passadas 24 horas. O homem, que vivia em terrenos adjacentes ao local onde o cão se encontrava, não foi em momento algum ameaçado pelo animal, que tinha cerca de um ano e era de pequeno porte, garantem testemunhas. A GNR está a investigar o caso.»
Experimentem trocar a palavra "cão" por "rato".
Há animais que o Homo Urbanus adora humanizar. Não tardará muito até que apareçam Anubis desenhados nas paredes.
Experimentem trocar a palavra "cão" por "rato".
Há animais que o Homo Urbanus adora humanizar. Não tardará muito até que apareçam Anubis desenhados nas paredes.
24 junho 2008
Isto já começa a mexer
"Energia solar entre 5 a 7 cêntimos por KWh" no Energy blog
Esperemos que não seja só publicidade. A ver vamos.
23 junho 2008
Mau marketing financeiro
Um vendedor do Barclays tenta impingir-me um crédito pessoal (sem nunca usar esta expressão) usando vários argumentos. Depois de lhe dizer por diversas vezes que não estava interessado e mesmo antes de lhe desligar o telefone na cara (não tive outro remédio), ainda tenta que eu "encare este produto como um excesso de liquidez". Se me pareceu que tiveram em conta que eu teria alguma literacia financeira, já me pareceu que não toparam a minha literacia económica: "não há almoços grátis!"
21 junho 2008
20 junho 2008
Afinal era o Sol
Via A Arte da Fuga, li as declarações de John Coleman, fundador do The Weather Channel afirmar que afinal as tendências de aumento e diminuição das temperaturas na Terra estarem muito mais relacionadas com a variação da actividade solar do que pela acção do Homem (Daaaaah!). Aguarda-se o clamor da claque Al Gore a dizer que o senhor foi comprado pelo grande capital.
«I suspect you haven’t heard it because the mass media did not report it, but I am not alone on the no man-made warming side of this issue. On May 20th, a list of the names of over thirty-one thousand scientists who refute global warming was released.»
19 junho 2008
Regra para tornar o futebol mais divertido
Em vez do pontapé de saída ser dado com todos os jogadores dispostos nas suas posições, o jogo poderia ser iniciado com a bola colocada no meio campo e cada equipa colocada atrás da linha de golo dentro da sua própria baliza. O árbitro apitaria para o início do jogo e os jogadores poderiam começar então a correr atrás da bola. A introdução desta regra daria lugar a momentos de êxtase só comparáveis aos torneios medievais com grandes embates pela posse inicial da bola.
18 junho 2008
Dá um pouquinho mais de trabalho mas faz-se
"O ministro da Economia, Manuel Pinho, afirmou hoje no Parlamento que a proposta de transferir para todos os consumidores de electricidade as facturas incobráveis "é de muito mau senso"."
(in Público)
Lá se vai ter de inventar uma rubrica para esconder o prémio de risco de incobráveis.
Qualquer empresa privada, em ambiente concorrencial ou não, repercute o risco de incobráveis na sua tabela de preços. Como é óbvio, existe pressão do lado da oferta. Vamos ver como é que o regulador se vai desenrascar: dizer à quase-monopolista EDP que não senhor dada a sua hegemonia no mercado e natureza do seu serviço público (que só o é por ser monopolista); ou vai dar prioridade à performance financeira da empresa com o objectivo de não a prejudicar face a outras empresas internacionais do sector.
(in Público)
Lá se vai ter de inventar uma rubrica para esconder o prémio de risco de incobráveis.
Qualquer empresa privada, em ambiente concorrencial ou não, repercute o risco de incobráveis na sua tabela de preços. Como é óbvio, existe pressão do lado da oferta. Vamos ver como é que o regulador se vai desenrascar: dizer à quase-monopolista EDP que não senhor dada a sua hegemonia no mercado e natureza do seu serviço público (que só o é por ser monopolista); ou vai dar prioridade à performance financeira da empresa com o objectivo de não a prejudicar face a outras empresas internacionais do sector.
17 junho 2008
Frase e posta do dia
"Ensaio sobre a bandeira" no Lobi do Chá.
«Lamento, mas as bandeiras que estão nas janelas portuguesas não são de Portugal, são da selecção nacional. Sei que são idênticas. Não nego. Mas temos de ser rigorosos.»
«Lamento, mas as bandeiras que estão nas janelas portuguesas não são de Portugal, são da selecção nacional. Sei que são idênticas. Não nego. Mas temos de ser rigorosos.»
16 junho 2008
Qual é a racionalidade disto?
"Gás natural baixa 3,4 por cento para famílias e sobe para empresas"
(in Público)
Consumir bom - produzir mau?
As empresas que subsidiem o consumo doméstico?
É mais caro levar gás às empresas do que aos domésticos?
Houve subsidiação das empresas no passado e agora pretende-se corrigir essa situação?
(in Público)
Consumir bom - produzir mau?
As empresas que subsidiem o consumo doméstico?
É mais caro levar gás às empresas do que aos domésticos?
Houve subsidiação das empresas no passado e agora pretende-se corrigir essa situação?
13 junho 2008
Não perguntes o que é que o Estado pode fazer por ti. Não lhe dês ideias!
Este video do Ron Paul que apanhei no Fiel Inimigo, suscitou-me o seguinte pensamento.
Se os políticos dizem aquilo que as pessoas querem ouvir, se quisermos uma alteração substantiva nas suas propostas políticas temos de alterar as preferências dos eleitores. Uma "revolução" liberal teria de passar por uma campanha de literacia de mercado, liberdade individual e das virtudes da responsabilização do indivíduo pelas suas acções. Esta "campanha" está bem representada na blogoesfera lusa (e não só à "direita") e já terá cumprido esse objectivo junto da fina camada da população que "frequenta" blogues.
No nosso panorma politico-mediático actual não vejo que a viragem para um discurso autenticamente liberal venha a ocorrer a médio prazo. Em primeiro lugar porque os políticos funcionam em função do seu "segmento de mercado" que é, convenhamos, na melhor das hipóteses estreito (só 30% da população participa regularmente nos actos eleitorais; como os partidos do centrão variam a sua percentagem de voto entre os 35% e os 50%, um governo de maioria absoluta é eleito por apenas 15% da população) e funciona em moldes muito semelhantes a um adepto de futebol. Em segundo lugar porque quem lidera partidos políticos aspira sempre a obter e exercer o poder. Ora este conceito é contrário ao ideal liberal: o Estado abdicar do poder em favor dos seus cidadãos. No sistema democrático, tal como conhecemos só uma pressão generalizada da população - em favor da minimização da esfera de actuação do Estado sobre a sua esfera de decisão - poderia "produzir" políticos dispostos a isso. Ron Paul é um caso paradigmático por ser exactamente o oposto do estereótipo do homo politicus vulgaris: ele defende a diminuição da esfera de actuaõ do Estado americano quer dentro quer fora do país. E isso faz sonhar a "camada" liberal.
Como a cultura cívica do país está cheia de ditadores em potência ("ah se eu mandasse!") bastante cientes de qual o melhor destino a dar ao seu dinheiro e o dos outros, concluo que nos encontramos nos antípodas de uma viragem liberal digna desse nome.
12 junho 2008
11 junho 2008
Proposta
Em resposta à pergunta do Gabriel Silva no Blasfémias, eu proponho:
manifestação dos contribuintes da República Portuguesa reivindicando um abatimento nos impostos do correspondente aos subsídios dados aos camionistas para combater a subida dos combustíveis. Se o camionista não quer pagar, porque haveriam de querer os contribuintes? Proponho a paralisação de todas as repartições públicas e de toda a máquina estatal (especialmente a fiscal) até as reivindicações serem satisfeitas.
manifestação dos contribuintes da República Portuguesa reivindicando um abatimento nos impostos do correspondente aos subsídios dados aos camionistas para combater a subida dos combustíveis. Se o camionista não quer pagar, porque haveriam de querer os contribuintes? Proponho a paralisação de todas as repartições públicas e de toda a máquina estatal (especialmente a fiscal) até as reivindicações serem satisfeitas.
Resposta
Já que o Tiago Barbosa Ribeiro não quis publicar o meu comentário a este seu post - com o qual concordo, diga-se - cá vai.
Caro Tiago, o seu PS ainda tem bem viva na memória o bloqueio da ponte e as consequências que isso trouxe do ponto de vista político a quem quis impor o estado de direito.
Adenda: Pelos vistos o comentário não foi publicado por razões alheias ao Tiago pelo que fica o pedido de desculpas pela "acusação".
Caro Tiago, o seu PS ainda tem bem viva na memória o bloqueio da ponte e as consequências que isso trouxe do ponto de vista político a quem quis impor o estado de direito.
Adenda: Pelos vistos o comentário não foi publicado por razões alheias ao Tiago pelo que fica o pedido de desculpas pela "acusação".
Leitura recomendada do dia
"Uma teoria como outra qualquer sobre o que se vai passar em 2009" no Abrupto
«Quem tenha ouvido Louçã a falar na televisão há dias, junto com meia dúzia de pescadores durante a greve, percebeu a potencialidade demagógica daquele discurso. Um discurso entre "eles", os corruptos (o discurso da corrupção é o lubrificante do populismo), os exploradores, os mentirosos, e "nós", ele Louçã, combatente pela verdade, pela moralização, pelos direitos de todos a tudo. É uma linguagem inquisitorial, sempre com inimigos, sempre com a moral, ou uma outra forma qualquer de Deus, "do nosso lado". Não se previnam no BE e um dia acordam, no meio de um curso das coisas eficaz, porque o populismo tem eficácia principalmente nos dias de hoje, mas muito perigoso para a democracia.»
Olé!
«Quem tenha ouvido Louçã a falar na televisão há dias, junto com meia dúzia de pescadores durante a greve, percebeu a potencialidade demagógica daquele discurso. Um discurso entre "eles", os corruptos (o discurso da corrupção é o lubrificante do populismo), os exploradores, os mentirosos, e "nós", ele Louçã, combatente pela verdade, pela moralização, pelos direitos de todos a tudo. É uma linguagem inquisitorial, sempre com inimigos, sempre com a moral, ou uma outra forma qualquer de Deus, "do nosso lado". Não se previnam no BE e um dia acordam, no meio de um curso das coisas eficaz, porque o populismo tem eficácia principalmente nos dias de hoje, mas muito perigoso para a democracia.»
Olé!
09 junho 2008
Leitura recomendada do dia
"Convicção" do João Miranda no DN
(via Blasfémias)
«O alinhamento de preços tanto pode ocorrer em mercados cartelizados como em mercados concorrenciais.[...] Os preços dos combustíveis praticados em Portugal, antes de impostos, são praticamente iguais aos praticados em Espanha. Os combustíveis à saída das refinarias da Galp são vendidos a preços semelhantes aos do mercado europeu.[...] Todos estes dados indicam que a convicção de que existe concertação de preços entre empresas petrolíferas não tem qualquer fundamento. Claro que a falta de fundamento nunca impediu ninguém de ter convicções.»
(via Blasfémias)
«O alinhamento de preços tanto pode ocorrer em mercados cartelizados como em mercados concorrenciais.[...] Os preços dos combustíveis praticados em Portugal, antes de impostos, são praticamente iguais aos praticados em Espanha. Os combustíveis à saída das refinarias da Galp são vendidos a preços semelhantes aos do mercado europeu.[...] Todos estes dados indicam que a convicção de que existe concertação de preços entre empresas petrolíferas não tem qualquer fundamento. Claro que a falta de fundamento nunca impediu ninguém de ter convicções.»
05 junho 2008
04 junho 2008
Zandinga ataca de novo
"Este Verão poderá ser o mais quente dos últimos 25 anos" foi uma notícia que andou a rodar ontem nos telejornais.
É pena que depois, quando as previsões falham estrondosamente - como no ano passado! - isso já não seja notícia.
É pena que depois, quando as previsões falham estrondosamente - como no ano passado! - isso já não seja notícia.