18 junho 2008

Dá um pouquinho mais de trabalho mas faz-se


"O ministro da Economia, Manuel Pinho, afirmou hoje no Parlamento que a proposta de transferir para todos os consumidores de electricidade as facturas incobráveis "é de muito mau senso"."
(in Público)

Lá se vai ter de inventar uma rubrica para esconder o prémio de risco de incobráveis.

Qualquer empresa privada, em ambiente concorrencial ou não, repercute o risco de incobráveis na sua tabela de preços. Como é óbvio, existe pressão do lado da oferta. Vamos ver como é que o regulador se vai desenrascar: dizer à quase-monopolista EDP que não senhor dada a sua hegemonia no mercado e natureza do seu serviço público (que só o é por ser monopolista); ou vai dar prioridade à performance financeira da empresa com o objectivo de não a prejudicar face a outras empresas internacionais do sector.

2 Commets:

Blogger alf said...

O regulador regula o quê afinal? A EdP é uma prestadora de serviços publicos e, como tal, não tem lucros e tem custos controlados pelo estado, nomeadamente ordenados, ou é uma empresa monopolista sempre a inventar maneira de aumentar lucros e benesses, sendo o papel do regulador atrapalhar o Estado?

Já fui diversas vezes contactado pela EDP5D para «aproveitar» a liberalização do mercado.

"Ai sim? Então qual é o vosso tarifário?

- Tem um seguro de reparação de electrodomésticos

Minha senhora, isso não me interessa, qual é o tarifário?"

O tarifário da «nova empresa» concorrente da EDP é, pasme-se, mais alto que o da EDP!!

Estamos a brincar aos mercadinhos?

2:55 da manhã  
Blogger NC said...

Sim. Meu caro alf, infelizmente assim é. É o problema de vivermos num modelo de meias-tintas. Há liberalização mas só de uns "bocadinhos". O interesse do consumidor é secundário.

12:01 da tarde  

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