31 janeiro 2007

Isto sim é mobilização cívica!


Cartaz afixado numa dessas travessas de Lisboa.

"Ouvidura" recomendada

Recomenda-se a escuta (se preferirem, ouvidura) do último podcast do Crítico Musical.
Uma emissão da Antena II (em romano), um exclusivo gravado no audotório Gulbenkian, no meio do público (pois é de um serviço público - em romano - que se trata) enaltecendo todas as qualidades de comunicação de um locutor de uma rádio erudita.

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O Estado é uma droga (2)

ou "O exemplo tem de vir de cima"


Imagem captada às 9h00m junto a uma paragem de autocarro na Av Estados Unidos da América. O sinal de estacionamento proibido está 3 metros antes. Não havia nenhum agente na viatura nem qualquer sinalização de emergência. Quando nem a polícia cumpre as mais elementares normas de trânsito e civismo, o Estado torna-se uma anedota.

30 janeiro 2007

Links velhos/links novos

Uma vez que se finou "O Franco Atirador", decidimos passar a incluir o link para o blogue "Coisas de Gajos"

25 janeiro 2007

RAP despede restantes elementos assumindo controlo total (2)

Agora é na revista "Sábado"...

Serán gilipollas?


É verdade! Quando pensamos que existe um limite para a imbecilidade eis que surge alguém a demonstrar que se calhar somos demasiado optimistas.
Esta última medida do governo espanhol (de certeza apoiada por muitos especialistas com grandes preocupações de saúde pública e muito bem intencionados) demonstra um complexo de auto-negação político-social.
Que esperar mais dos "gilipollas" tecnocratas? Que alterem o sistema métrico para que as pessoas não se sintam tão distantes umas das outras? Boa ideia! Madrid passaria a distar apenas 10 kilogilipollómetros de Barcelona em vez dos 400 e tal km. E as pessoas passariam a ter de se deslocar apenas 1 ou 2 gilipollómetros do emprego a suas casas. Uma Espanha muito mais feliz!
PS: Post modificado em 30-01-2007 devido a erro ortográfico gentilmente assinalado na caixa de comentários escabrosos

Há gajos com sorte


Uma semana antes de começar uma mega-investigação da PJ na Câmara Municipal, o MMC lembra-se que se calhar é melhor largar um dos seus tachos. Hoje deve estar a dizer para consigo: "olha a chatice que não teria sido se não me tivesse posto a milhas a semana passada".
Que sorte hein?

24 janeiro 2007

RAP despede restantes elementos assumindo controlo total

O preço das obras vai subir?

Casas devolutas a preço de saldos
(via Diário Digital)

«Carmona quer vender habitação municipal a preços até metade dos valores praticados no mercado.»

Os esforços do governo Chinês fracassaram

17 janeiro 2007

Toccata con Fuga (BWV 565)

Karl Richter no Dreifaltigkeitsorgel da Basílica de Ottobeuren

15 janeiro 2007

A culpa e as causas


Estava eu ouvindo rádio quando surge o spot da rubrica (eu adoro rubricas!) "Echo Beach". Da grafenola saem frases como: «Ameaçado pelo Homem, o nosso planeta vive um perigo constante » e «Porque todas as acções do Homem têm consequências à escala global, Echo Beach coloca a mão na consciência e lança o desafio para um Mundo melhor. Porque ainda vamos a tempo!»
Reflectindo um pouquinho chego à conclusão que, desde sempre, o sentimento de culpa (e não o de responsabilidade) foi um instrumento de manipulação ou, não sendo tão drástico, de condicionar a atitude das pessoas perante a vida e perante o mundo. Antes, dominava o medo pelo juízo final - ou a Humanidade se porta bem ou iremos parar ao fogo eterno e o mundo será arrasado pela fúria divina - que justificou muitas idiotices e barbaridades. Hoje o Divino já não ocupa o lugar preponderante de outrora mas novas "fés" vão surgindo e adoptando o velho método: a culpa. Ou nos portamos bem ou iremos parar à catástrofe final e a Terra será arrasada pela fúria da Natureza.
Atençao que não tenho nada contra a defesa do meio ambiente e dos recursos naturais. Não gosto é que:
1- Se venda banha da cobra
2- Me tratem como um menino que chora com o "homem-do-saco"
O debate científico acerca do impacto da actividade humana no clima está numa fase muito acesa mas com tendência para a formação de barricadas (há quem seja da opinião que o panorama científico em geral não é muito diferente) em que ambas as partes defendem (quais cruzados) os pressupostos (qual fé) em que acreditam. A tendência para extremar posições está no auge e principalmente por parte de quem se diz "ambientalista" e que na busca de convencer a humanidade para a sua causa se socorrem de antigas armas da retórica, mesmo aquelas que achávamos que já não convenciam ninguém.

Blogue recomendado

Para condimentar a informação (demasiado) consensual acerca do problema do aquecimento global que nos chega pelos media. Vale a pena ler as primeiras postas do blogue.

http://mitos-climaticos.blogspot.com/

12 janeiro 2007

Panela de Cultura


E abre-se mas uma rubrica com a recomendação de discos de música erudita que por cá se vai escutando.

Não sou daqueles que acha que se deve preferir "português" só porque é "português". Prefiro "português" se ele merecer a pena. E é seguindo esse mesmo critério que recomendo um disco totalmente português.

Trata-se de "Música para o Teatro de Gil Vicente", disco interpretado pelo agrupamento Segréis de Lisboa, dirigido por Manuel Morais que assume papel de alaudista e afins. O disco é editado pela Portugaler - uma pequena etiqueta que infelizmente ainda não tem website e que possui um catálogo dedicado à música erudita portuguesa e com especial cuidado no enquadramento histórico da sua interpretação - e pode ser encontrado nas lojas FNAC, entre outras. A Portugaler já editou outros 6 CD's e apesar da (ainda) pequena dimensão deste projecto a qualidade não tem sido descurada sendo as gravações de bom nível, os interpretes geralmente de altíssima qualidade e as embalagens de luxo.

Este 7º CD não é excepção e volta a nivelar por cima. Os Segréis de Lisboa são o melhor grupo português dedicado à música antiga em Portugal da actualidade. O pessoal técnico envolvido na gravação e produção do CD é português, o responsável pelos comentários da brochura é Rui Vieira de Nery - talvez o maior musicólogo português - a gravação foi realizada na igreja dos Lóios em Évora.


O disco parte de uma investigação musicológica no sentido de averiguar qual a música presente nas representações das peças de Gil Vicente. Sabe-se que era frequente o acompanhamento musical das peças e que tinha por função definir o carácter das peças e da acção. Sendo Gil Vicente também ele músico, as indicações relativamente à música são relativamente precisas o que permite que este projecto tenha alguma credibilidade e fundamento. Curiosamente os compositores das músicas indicadas pelo autor são, na sua maioria, castellanos ou anónimos.

De salientar a boa qualidade da gravação e da, muito informada, interpretação. De louvar também a variedade de temas e de registo instrumental que torna a audição deste CD muito agradável, algo que nem sempre é fácil para o ouvinte médio em gravações de música antiga. O "séquito" de músicos é de facto extenso - 16. Apenas de lamentar a interpretação da soprano solista Orlanda Isidoro que me parece um pouco desenquadrada do que se acredita ser mais correcto na música do século XVI (muito vibrato). O contratenor Nicolas Domingues peca pela falta de clareza na dicção do texto e por ter um timbre de voz pouco belo. Mas nem mesmo estes pormenores retiram o brilho a esta belíssima gravação capaz de figurar na linha da frente do que se vai fazendo nesta área em todo o mundo.

10 janeiro 2007

O aquecimento global não mora cá(?)

Querendo contribuir para o debate acerca do aquecimento global, aqui vai um trabalho caseiro mas que creio ser muito elucidativo.

Tive acesso à medição das temperaturas médias diárias em 4 pontos distintos e representativos do país: Porto, Bragança, Lisboa e Faro entre1 de janeiro de 1941 e 31 de Dezembro de 2006 (66 anos, portanto).


Os gráficos oscilam em torno de pontos médios diferentes: em torno dos 17 graus no caso de Lisboa e Faro, 15 graus no Porto e 12 no caso de Bragança. Aparte disso, as trajectórias revelam-se muito semelhantes e com uma variabilidade que é estável ao longo do período de amostragem. A partir dos gráficos também não é possível concluir pela existência de uma tendência de aumento ou diminuição da temperatura média. Tal pode dever-se ao "ruído" existente nos dados já que a banda de variação é muito larga (30 a 35 graus) e o aquecimento global mede-se em décimas de grau.

O que fiz foi alisar os gráficos recorrendo a uma técnica com um nome complicado (Natural Cubic Spline) mas que permite aferir acerca da existência de eventuais tendências. Exemplificando para o caso do Porto:


As figuras estão ordenadas por ordem crescente de alisamento, da esquerda para a direita e de cima para baixo. No primeiro gráfico deixei ficar os dados originais para ter um ponto de comparação. alisamento do primeiro gráfico permite-nos ter a noção da variabilidade sazonal das temperaturas. Os restantes gráficos vão dando, progressivamente a noção de tendência. Para os restantes pontos do país:


Os quatro gráficos parecem em tudo idênticos e nenhum deles permite afirmar que exista alguma tendência significativa quer no sentido ascendente quer descendente em qualquer parte da amostra recolhida. Ainda assim decidi estimar a tendência linear (regressão linear das temperaturas em função do tempo) e os coeficientes estimados, estatisticamente significativos a 1%, apontam para uma tendência positiva das temperaturas em todos os postos de medição. A variação anual da temperatura situa-se entre os 0,02ºC e os 0,01ºC ao ano, donde se conclui que a temperatura terá aumentado, em Portugal, entre 0,7ºC e 1,2ºC nos últimos 66 anos. Estatísticamente comprovei que a temperatura se encontra numa trajectória ascendente.

O que acontece é que a tese vigente refere que o aquecimento global está fortemente correlacionado com a actividade industrial e humana. Se tal fosse verdade esperar-se-ia um maior incremento nos anos mais recentes comparativamente com os anos mais remotos (uma trajectória do tipo exponencial) o que, claramente, não acontece. Fica então a pergunta: será que o aquecimento global não mora cá?

PS: Volto a lembrar que nos anos 70 se temia uma nova era do gelo e que as causas atribuídas eram as mesmas que hoje se atribuem ao aquecimento global

08 janeiro 2007

A formatação da Europa

Na senda do avanço do políticamente correcto, a União Europeia prepara-se para proibir as actividades de extrema-direita (via Público). Porque não também as de extrema-esquerda? Preparamo-nos para a criação de um Index das ideias proibidas?
Seria muito mais saudável a atitude "I disapprove of what you say, but I will defend to the death your right to say it." (frase atribuída a Voltaire). Pois se uma ideia é tão obviamente má porque não combatê-la no campo das ideias em vez de criar proibições? E já se sabe: o fruto proibido é sempre mais apetecido.

03 janeiro 2007

I'm looking California...

... but feeling Minnesota.
(Soundgarden in Outshinned)