21 setembro 2006
Lei seca em Espanha
A iluminada ministra da Saúde espanhola vai impor uma série de restrições à venda e consumo público de álcool. O social/politicamente correcto não pára!
Se fosse cá eu diria "só mesmo neste país". Só que, felizmente, não é. E se fosse? É que, olhando para a Europa, não estou a conseguir estabelecer correlação entre povos que apanham bebedeiras de três em pipa e desenvolvimento social e ecomómico.
Espanha: 5ª economia europeia, níveis de literacia e de sociabilização que arrumam Portugal a um canto.
Reino Unido: Uns animais! Mas pronto, lá se vão aguentando com o segundo maior PIB da Europa.
Irlanda: Devem ir ao pub para comer salada, porque levam a família toda.
Bélgica: Cerveja a rodos, pacatez a toda a prova
Holanda: Já passaram a fase do álcool...
Suécia: O Estado tem o monopólio da venda de álcool e há bastantes restrições. Mas eles continuam a apanhar grandes "murraças" e em família!
Dinamarca: não é tudo igual?
Como se pode ver, tudo países que ninguém inveja no que toca a desenvovimento integrado.
Já se formos para o Irão, Arábia, Paquistão e afins. Aí é que é! Se te apanham a tocar na pinga, arriscas-te a ficar sem os dedinhos. Bem feito que é para não ofenderem o "Buda, ou lá o que é". Liberdade e desenvolvimento a rodos, isso sim!
Agora a sério: não seria melhor disponibilizar informação e abrir campanhas sobre os "malefícios do álcool e do tabagismo" e deixar as pessoas crescidinhas decidirem por si e assumirem a responsabilidade dos seus actos?
Já me tinham dito
Na edição impressa da revista Visão de hoje, pode ler-se uma entrevista a Bill Emmont, antigo director da revissta "The Economist", cujo título é: "Antiamericanismo só acaba com novo Presidente". Pois!... deve ser uma questão de presidente mesmo, pois não me lembro de, no passado recente, não existir antiamericanismo. Se passarem a ter um rei ou um ayatollah, talvez passe.
Este deve ter sido o mesmo senhor que disse que o comunismo se iria extinguir depois da queda de Berlim... Não! Espera! Deve ter sido aquele que achava que o telemóvel seria a invenção mais inútil do século e que não lhe dava nem mais dois anos de vida.
Leitura recomendada
"A Coluna de Oleodoro" no Bandeira ao Vento. Sobre a inauguração de um novo espaço do CCB.
«Também dei por bem achado que tenham baptizado o caminho
pedonal, onde se decidiu que teria lugar o evento, com o nome de «auditório
Domingos Bomtempo». O auditório está, de facto, talhado para ser usado aos
domingos e com bom tempo: nos sábados e dias úteis – com as suas muitas
buzinadelas e circulação de comboios – e sob chuva ou frio, o evento
assemelhar-se-ia a um jogo de futebol entre o Águias da Bemposta e os Audazes de
Aguiar de Cima apitado por João Ferreira num terreno pelado, com todos os
espectadores dentro do campo.[...]Acresce (ai o que o bom do Mega Ferreira se vai rir quando
souber) que Domingos Bomtempo é também o nome de um relevante compositor
português! Não é uma coincidência engraçada? Assim até parece que o nome do
caminho, perdão, auditório é uma referência cultural.»
20 setembro 2006
Parece que vem para aí vento e chuva
Mas tende cuidado pois já foi um furacão temível!... Daqueles muita maus resultado dos aquecimentos do globo, da chuva ácida, do excesso de população e outras maldades do Homem-Malus.
Como tal aconselha-se a toda a população que se encontre a praticar equilibrismo no topo de mastros de bandeira que evitem fazê-lo sob o risco de fazerem um grande dói-dói.
19 setembro 2006
Ó Bento! Agora diz isso em língua de gente
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Escreve José Manuel Fernandes no Público de ontem (link não disponível):
«O Papa defendeu a importância de conciliar razão e religião para o diálogo
de culturas. Porque foi treslido?Aparentemente muitos jornalistas desistiram de
ler, quanto mais de pensar. »
Vocês já viram o tamanho do discurso (em inglês) do papa em Regensburg? Aquilo é muito comprido e difícil de ler. Duas semanas a ler custam muito tempo e dinheiro aquela malta. Um jornalista não consegue ler a preleção de Bento XVI até ao fim sem:
1 - Adormecer
2 - Interrogar-se onde é que meteu o diccionário da Porto Editora que comprou em mil nove e oitenta e sete quando andava no ciclo
3 - Fazer uma sopa de letras
Vai-se antes à Reuters que eles já têm a papinha toda feita e tudo resumido em duas frases bem boas para vender jornais! Além disso, ainda temos as deliciosas declarações de Frei Bento que a malta percebe perfeitamente.
De boas intenções...
"Spain ban on skinny models shocks fashion world"
(via A Arte da Fuga)
Hoje a magreza. Amanhã as meias brancas. Depois os óculos a servir de bandelete. E, finalmente, as pessoas com peso superior a 100 Kg terão de ficar prisão domiciliar entre as 07h00 e as 24h00.
Tudo em nome do políticamente correcto e do socialmente aceitável. A liberdade que se dane.
(via A Arte da Fuga)
Hoje a magreza. Amanhã as meias brancas. Depois os óculos a servir de bandelete. E, finalmente, as pessoas com peso superior a 100 Kg terão de ficar prisão domiciliar entre as 07h00 e as 24h00.
Tudo em nome do políticamente correcto e do socialmente aceitável. A liberdade que se dane.
15 setembro 2006
Recomenda-se um passeiozinho...
... a um conjunto de links publicados n' "O Insurgente".
Tem lá umas teorias da conspiração (muitas delas nem conhecia, e bem mais catitas que as minhas) bem como as devidas refutações. É claro que as próprias refutações também são refutáveis e passíveis de serem incluidas no saco das conspirações. Mas aí..."acredite se quiser"!
Tem lá umas teorias da conspiração (muitas delas nem conhecia, e bem mais catitas que as minhas) bem como as devidas refutações. É claro que as próprias refutações também são refutáveis e passíveis de serem incluidas no saco das conspirações. Mas aí..."acredite se quiser"!
14 setembro 2006
Máximas para hoje
Lisboa: Um generalista é alguém que percebe pouco de tudo e de nada em concreto. Um especialista é alguém que percebe muito de algo mas nada do resto.
Porto: Não ponhas a carroça à frente dos bois.
Coimbra: Chuva em Novembro, Natal em Dezembro.
Faro: 25ºC
Porto: Não ponhas a carroça à frente dos bois.
Coimbra: Chuva em Novembro, Natal em Dezembro.
Faro: 25ºC
13 setembro 2006
12 setembro 2006
A minha teoria melo-mística
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A juntar à mística numerológica em torno da obra de Johann Sebastian Bach eis que chega a minha nova teoria: J.S.Bach previu os atentados de 11 de Setembro.
Argumentos:
- Denominou a sua mais famosa obra como Wohltemperierte Klavier (Teclado Bem Temperado, em português) cujas iniciais em inglês são WTC (Well Tempered Clavier);
- A obra consta de dois volumes, tal como o WTC constava de dois arranha-céus;
- Nessa obra (em dois volumes), Bach compôs 48 prelúdios e fugas. Ora se somarmos a data 11-09-2001 de trás para a frente dá 23, que é o número inteiro imediatmente antes de 24 (=48/2);
- Se separarmos os prelúdios das fugas teremos um total de 96 peças. Se multiplicarmos 11 por 9 e subtrairmos a soma dos algarismos que compõem o ano 2001 (3), ficamos com o número... 96!!!!
Tudo isto descobri eu em 10 minutos de divagação parva. Ora o sr. Bush e os seus serviços secretos já deviam possuir esta informação há muito, muito tempo. Só não evitaram os ataques porque não quiseram!
- A obra consta de dois volumes, tal como o WTC constava de dois arranha-céus;
- Nessa obra (em dois volumes), Bach compôs 48 prelúdios e fugas. Ora se somarmos a data 11-09-2001 de trás para a frente dá 23, que é o número inteiro imediatmente antes de 24 (=48/2);
- Se separarmos os prelúdios das fugas teremos um total de 96 peças. Se multiplicarmos 11 por 9 e subtrairmos a soma dos algarismos que compõem o ano 2001 (3), ficamos com o número... 96!!!!
Tudo isto descobri eu em 10 minutos de divagação parva. Ora o sr. Bush e os seus serviços secretos já deviam possuir esta informação há muito, muito tempo. Só não evitaram os ataques porque não quiseram!
Olhe que não, sotôr. Olhe que não!
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No debate de ontem sobre o 11 de Setembro no "Prós e Contras", Mário Soares considerou os americanos uns fanáticos comparáveis aos existentes no Médio Oriente. Para fundamentar a sua opinião encontrou o exemplo de membros do governo que rezam antes de cada sessão governativa (segundo este post, governo americano é algo que não existe- Soares deveria querer dizer senadores(?) ). As perguntas que eu faria a Mário Soares seriam: Em qual dos países acha V. Exa. que seria mais provável tornarem obrigatória a oração antes de uma sessão governativa: EUA ou Irão? que diferença acha V.Exa. que existiria se um senador americano se recusasse a rezar ou um "senador" iraniano se recusasse a rezar?
Na minha opinião o fundamentalismo não existe só pelo facto de um grupo de pessoas professar uma crença religiosa e a levar a sério. Há fundamentalismo quando um grupo de pessoas impõe as suas crenças religiosas aos demais, coagindo-as no caso de não demonstrarem adesão às suas convicções. Por essa razão acho abusivo, por parte do sr. Soares o rotulamento de fanáticos religiosos aos americanos no geral. Já não consideraria desadequado se se estivesse a referir a indivíduos que assassinam pessoas que praticaram abortos ou a médicos que os realizam.
Existe uma grande confusão, no discurso de Soares (e não só) entre laicismo e anti-religiosidade. Laicismo é um conceito que garante que o Estado não possa interferir em questões religiosas nem que as religiões possam interferir na actuação do Estado. Neutralidade entre religião e Estado. Isto sem prejuízo que cada um deles desempenhe as suas funções (o Estado emana lei que deverá ser respeitada por todos, inclusive as igrejas; o Estado não deverá interferir nas actividades dos fiéis desde que estas se insiram na esfera privada). Tal também não deverá impedir que Estado e Igrejas opinem livremente acerca do funcionamento umas das outras.
No discurso de Soares há um forte cunho anti-religioso, onde a religião é o "ópio do povo" e (começa a ser) fonte de todos os males. Quanto mais religião pior e existe um rol de factos históricos a demonstrá-lo. Eu acho, isso sim, que os períodos mais negros das religiões ocorrem quando estas se confundem com PODER. Quando isso acontece, quem está no PODER acha-se quase sempre dono de uma verdade absoluta e só uma sociedade à sua imagem será perfeita. Como resultado são impostos coercivamente um conjunto de valores e quem não os seguir ou os combater é eliminado. Resultado: perda de liberdade. Como já aconteceu com a religião também aconteceu com ideologias, utopias e racismo.
O sr. Soares teme que o governo de um país caia nas mãos de um grupo com interesses obscuros? Aí não deve mandar muitas pedras, pois se há organização obscura à qual o sr. Soares pertence é a Maçonaria. Nesse contexto é natural que o sr. Soares faça um combate por afastar tudo o que não seja influência maçónica no poder (deve ter tomado muitos Kompensans quando Guterres foi 1º ministro).
A própria constituição política americana nasceu da necessidade de cada um poder viver e expressar a sua religião livremente, algo que não era possível na Europa dos séculos XVII e XVIII.
Acho, por isso, errado que se combata a expressão religiosa ou ideológica. Acho correcto que não se permita que nenhuma religião ou ideologia obrigue indivíduos a aderirem às suas causas.
08 setembro 2006
Sintomas do nacional paternalismo
Oiço a seguinte tirada a propósito da investigadora de 36 anos assassinada na Amazónia:
"Não sabiam que aquilo é perigoso? Porque é que a deixaram ir para lá?!?! Eu, pró Brasil? nem de borla!"
Tiradas deste género são frequentes nas conversas que ouvimos na rua, em especial entre os mais idosos. O que achei delicioso é que revela o paternalismo com que ainda se encara a vida. Senão repare-se, a senhora tinha 36 anos, era investigadora universitária e estava habituada a estas andanças. Não era propriamente inimputável. Era crescida e sabia perfeitamente ao que ia. Se lhe tivesse acontecido o mesmo em Lisboa, também suscitaria o mesmo comentário? Por cá também se viola e mata.
A lógica paternalista (salazarenta?) de que é necessário haver alguém a impedir que as pessoas façam asneiras, para que não se aleijem, não cairem nas mãos do demo é consequência, estou convicto, de gerações educadas no "respeitinho", na tacanhez do "pequeninos mas honrados" e "juizinho é que é preciso, fáxavor".
Curiosamente, esta perspectiva paternalista é também adoptada, com nova roupagem, pelas actuais correntes progressistas (e anti-salazaristas) que procuram, em nome do "bem-estar social" ou outro qualquer chavão políticamente correcto, regular e controlar os aspectos da esfera particular dos cidadãos. Para que "ninguém se aleije".
A opinião da Tia Henriqueta
"Minha senhora, qual a sua opinião acerca da clonagem de cartões de multibanco?"
"Se for para ajudar a desenvolver a cura para o cancaro ou da sidra, acho bem. Se for para os homem-sexuais poderem ter filhos, já acho mal."
"Se for para ajudar a desenvolver a cura para o cancaro ou da sidra, acho bem. Se for para os homem-sexuais poderem ter filhos, já acho mal."
06 setembro 2006
04 setembro 2006
Grande evento organístico
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No dia 8 (próxima sexta-feira às 21h30m) terá lugar o concerto inaugural do órgão da igreja de Nossa Sra do Cabo em Linda-a-Velha. Da responsabilidade do Mestre organeiro Dinarte Machado, trata-se do primeiro grande instrumento (31 registos reais) de fabrico português a ser construído neste século e um evento raro em si nos nossos dias.
O concerto contará com o organista Michel Bouvard (organista titular em Saint Sernin em Toulouse), uma referência internacional que interpretará obras de J.S.Bach. (claro!), Schumann, Mendelssohn e Bouvard "senior".
Isto até me está sempre a acontecer...
(in Diário Digital)
A malta gasta o guito todo na conta do telemóvel e despois, para além de teso, fica sem acesso aos preservativos.
Quando era moço solteiro, numa dessas noites, engatei uma miúda engraçadita - uma tal de Soraia Chaves - e vai daí a coisa aqueceu e ela vem logo com a conversa do "sem camisinha nada feito". Eu, é claro, vim-me embora. Estas gajas pensam que um tipo anda a nadar em dinheiro. A mim custa-me muito a ganhar, ó menina Soraia!
Parece que aos alpinistas também lhes acontece o mesmo com as cordas. As lojas de equipamento fazem uns preços bárbaros e a malta lá vai subir o Kilimanjaro com novelos de crochet que são bem mais em conta. Depois, é claro, dão-se uns acidentezitos. Mas o que é que querem? a malta tem de desenrascar...
03 setembro 2006
Dever didático
Há um ícone no meu computador que pisca e insiste em dizer-me "As pilhas Cordless Click! Plus Rato estão crítico".
Estão crítico?!?!?
Enquanto o gajo não aprender a falar português não há pilhas para ninguém.
Estão crítico?!?!?
Enquanto o gajo não aprender a falar português não há pilhas para ninguém.