09 agosto 2007

O problema é sempre de quem lucra

A julgar por esta posta do Carlos Loureiro no Blasfémias, abaixo de um determinada quantidade, o consumo, posse e compra de cannabis não são considerados crime. Mas a venda deste psicotrópico, independentemente da quantidade, já é considerada crime. Isto ilustra como o quadro legislativo emanado pelo Estado encara o problema. O único culpado da existência de um mercado de haxixe é a oferta. Se há mercado é porque existe oferta! A procura é a mais desculpabilizada no meio disto tudo: consumir tudo bem, agora vender é que não pode ser. É um problema de falta de formação económica dos legisladores? ou é simplesmente porque estando a oferta menos atomizada que a procura torna-se mais fácil (pretender) controlá-la? É que se não se quiser recorrer ao mercado e um gajo se decidir a cultivar em casa tem de ter altos conhecimentos de agronomia para não deixar a planta crescer para além dos "10 dias de consumo médio", o que deve equivaler a um vasinho de manjerico de Sto António dos mais ranhosos.
(foto roubada daqui)
Outra coisa a que achei piada foi a definição das quantidades de haxixe que se pode e não pode ter:"10 dias de consumo médio". E o que é o consumo médio? Um charro a seguir ao chá? Um Bob Marley antes da Floribela? ou 10 mais as 232 baforadas de bacanos, habituais por estes festivais de Verão? 10 anos de prisão seria o mínimo que a moça da foto acima deveria apanhar...

1 Commets:

Blogger alf said...

Por estas e outras é que alguns paises legalizaram certas vendas de certas drogas.

A erva é pior que o alcool? e que o vicio do jogo? ou o vicio na playstation?

Viver como frade não é coisa que se adeque a todos e, cá para mim, a necessidade de proibir certas coisas está por provar.

7:37 da tarde  

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