Gran Tuguismo
Na sua edição de ontem, o jornal Oje publicou um artigo da Auto Magazine relativamente a um ensaio do Ferrari 599 GTB Fiorano F1.
O artigo reflecte o espírito menino-acelera do jornalista e que não só coincide com o perfil do público alvo a quem estas revistas se dirigem como, provavelmente, o vincam ainda mais. O artigo tem algumas pérolas de inconsciência social.
«Hoje viajar em autoestrada é muito seguro, fácil e... tremendamente aborrecido. O espírito Gran Turismo sofreu um rude golpe, a que se seguiu outro: a proliferação de radares de velocidade.»
Pois. Isso de poder viajar descansado sem aparecerem uns gajos a abalroarem-me enquanto desfrutam o seu brinquedo é tremendamente aborrecido. Perigoso até. Toda a gente sabe que a adrenalina evita o câncaro e os ataques cardíacos.
«A ideia é fugir à "autovia"e aos implacáveis radares espanhóis»
São uns malandros os radares. Esses resquícios das SS. Então os espanhóis obrigam mesmo um gajo a cumprir o código (esse livro pidesco) no que toca a velocidades máximas.
Mas o melhor vem no final.
«É preciso força nos músculos do pescoço para os olhos não perderem o foco quando a cabeça é atirada para trás. Há meia hora que vou em ataque total, experiência que seria banal nos anos 50 mas que hoje pensava ser uma impossibilidade. Apercebo-me que não vejo um carro, uma pessoa, há dezenas de quilómetros e o instinto de defesa faz-me refrear um pouco o ímpeto: "se acontece alguma coisa, fico aqui uma semana sem alguém dar comigo."»
Eu pensava que o gajo se ia congratular de ainda não ter corrido o risco de matar ninguém e vai-se a ver o gajo está é preocupado com que pode acontecer a ele e ao caro brinquedo. Andar depressa e idealmente aconchegadinho para amparar qualquer deslize.
O artigo reflecte o espírito menino-acelera do jornalista e que não só coincide com o perfil do público alvo a quem estas revistas se dirigem como, provavelmente, o vincam ainda mais. O artigo tem algumas pérolas de inconsciência social.
«Hoje viajar em autoestrada é muito seguro, fácil e... tremendamente aborrecido. O espírito Gran Turismo sofreu um rude golpe, a que se seguiu outro: a proliferação de radares de velocidade.»
Pois. Isso de poder viajar descansado sem aparecerem uns gajos a abalroarem-me enquanto desfrutam o seu brinquedo é tremendamente aborrecido. Perigoso até. Toda a gente sabe que a adrenalina evita o câncaro e os ataques cardíacos.
«A ideia é fugir à "autovia"e aos implacáveis radares espanhóis»
São uns malandros os radares. Esses resquícios das SS. Então os espanhóis obrigam mesmo um gajo a cumprir o código (esse livro pidesco) no que toca a velocidades máximas.
Mas o melhor vem no final.
«É preciso força nos músculos do pescoço para os olhos não perderem o foco quando a cabeça é atirada para trás. Há meia hora que vou em ataque total, experiência que seria banal nos anos 50 mas que hoje pensava ser uma impossibilidade. Apercebo-me que não vejo um carro, uma pessoa, há dezenas de quilómetros e o instinto de defesa faz-me refrear um pouco o ímpeto: "se acontece alguma coisa, fico aqui uma semana sem alguém dar comigo."»
Eu pensava que o gajo se ia congratular de ainda não ter corrido o risco de matar ninguém e vai-se a ver o gajo está é preocupado com que pode acontecer a ele e ao caro brinquedo. Andar depressa e idealmente aconchegadinho para amparar qualquer deslize.
Alcoól, excesso de velocidade e manobras perigosas são as principais causas de acidentes mortais. A imprensa automóvel já tem jornalistas que acham lamentável que não se possa fazer uma autoestrada acima dos duzentos, a ziguezaguear entre os carros - bem no espírito Gran Turismo.
O próximo passo será lamentar não o poder fazer com visão dupla com uma garrafa de néctar- dos-deuses na mão? (bem no espírito Gran Tuga)
1 Commets:
Mais um achega:
http://range-o-dente.blogspot.com/2006/03/carros-seguros-marretas-de-esborrachar.html
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