19 novembro 2008

Sebastianismo

A recente amplificação das declarações de Manuela Ferreira Leite torna claro que há um forte sebastianismo na psicologia colectiva portuguesa. Há a clara noção que não se consegue reformar nada no país. Sindicatos e classes profissionais estão mais reaccionários que nunca e são contra todo e qualquer tipo de mudança que não traga almoços grátis. Há a clara noção que a classe política não presta mas, ao mesmo tempo, o messianismo luso acredita que terá de ser um político, e daqueles bons, a vir sanear todos os outros e salvar o país do lodo. Uns pedem um Salazar, outros um Che Guevara, outros um Cromwell, outros ainda um D. Duarte Pio. Mas isto dos regeneradores é um bocado como as histórias de cavalaria: só é bonito nos livros porque a realidade é bem mais triste.

2 Commets:

Blogger alf said...

eu não creio que seja «sebastianismo». Os portugueses não querem reformas nenhumas. Querem que tudo seja como sempre foi.

Suponho que isto não seja uma caracteristica exclusiva dos portugueses mas da humanidade. O progresso é fruto da actividade de uma minoria.

... ou talvez seja «sebastianismo»... entendido como o desejo de que as coisas fiquem melhores sem que isso seja devido à acção de ninguém mas apenas dum processo mágico

12:25 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

iai irmãos

Nos últimos tempos aqui no Brasil a sociedade civil tem se mobilizado, cada vez mais, sob diversas formas como associações, ONGs etc.

Acho que antes de cobrarmos dos outros temos que fazer a nossa parte.

Amplexos

3:01 da manhã  

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