19 novembro 2008

Os génios também o conseguem ser na cretinice I


Richard Wagner foi um marco na música, na arte e na visão do Homem. A profundidade e dimensão das suas obras ultrapassaram tudo até visto então e significaram um avanço de muitos anos na sofisticação da produção artística. Este feito é tão mais impressionante sabendo que, ao contrário do que é costume nestes casos, Wagner não foi um menino-prodígio.

O lado negro de Wagner advém do seu ego. Viveu praticamente toda a sua vida a fugir de credores que sustentavam um estilo de vida muitas vezes luxuoso. São conhecidas cartas em que Wagner praticamente exige aos seus "amigos" que lhe emprestem dinheiro argumentando que esse era um dever moral para com a Humanidade. O parasitismo atingiu o seu apogeu quando conseguiu encantar o rei Ludwig II da Baviera que lhe pagou as dívidas e passou a suportar os seus caprichos que incluiram a construção de um teatro de ópera especialmente desenhado para acolher as suas óperas - o Bayreuth Festspielhaus.
Um dos seus grandes admiradores foi o maestro Hans von Bülow que teve um papel decisivo na divulgação da obra de Wagner e estabeleceu novos padrões da função de maestro de orquestra. Enquanto Bülow trabalhava nos ensaios das óperas de Wagner este enrolava-se com a sua esposa - Cosima - e chegaram mesmo a ter dois filhos antes de Cosima se separar de Bülow.

1 Commets:

Anonymous Anónimo said...

Que personalidade difícil do Wagner.
Achei muito engraçado ele argumentar "dever moral para com a Humanidade". Quer dizer que ele tinha consciência da grandeza e perenidade de sua obra.
Ele tinha razão, isto é, aqueles que não lhe deram assistência, leia-se dinheiro, cometeram um crime contra a humanidade!!!!

Amplexos

3:13 da manhã  

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