As marcas da má condução
Hoje de manhã ouvi esta notícia na na rádio. Agora querem etiquetar os bons e os maus condutores. Como diria o Markl: "Isto é parvo!"
Depois, só que não anda de carro é que não tem (nem provoca) acidentes. Ou seja, quem andar mais de carro - e esses serão tendencialmente aqueles que costumam fazer da condução a sua vida - está mais habilitado a ser alvo de humilhação pública. Os taxistas vão gostar muito desta ideia, vão.
Pergunto-me eu: o que levará uma pessoa a querer colocar um dístico verde (indicador de bom condutr) no vidro? "Éh pá! Vejam como sou muita bom! Sou mesmo bem comportadinho". Ou acham que as pessoas ao ver um gajo com dístico verde vão dizer: "Ah, deixa-me cá pôr ao pé deste cidadão para ver se vou mais segurinho". Se fosse lá no meu bairro esse gajo estava lixado. Ensaboavamos-lhe logo os pneus, a ver se não lhe passavam logo as peneiras.
Por fim, uma vez que a medida vai obrigar a que os maus condutores colem um dístico vermelho no vidro (suponho que traseiro) e o vão querer disfarçar, isso vai trazer consequências (aindfa mais) nefastas no que toca à decoração interior dos veículos no nosso país.(foto retirada sem a devida permissão de PNSM)
PS: A propósito, não perder esta posta no Blasfémias.
2 Commets:
Também achei esta ideia um bocado obsoleta quando a ouvi hoje...Para que quero eu saber estas coisas...a única coisa que posso fazer é seguir as regras de trânsito e o bom senso - ou seja seguir as regras de uma condução defensiva, de modo a evitar acidentes. Estas coisas só servem para aumentar mais a burocracia e não me parece que melhorem a relação entre condutores...
Não me tinha lembrado dos taxistas, mas também gostava de saber a opinião deles - como dizes e bem, quem mais conduz é quem tem mais probabilidade de ter acidentes (e eu com isto não quero estar a proteger os taxistas, que têm aquela "bela condução"...rai's parta os fogareiros! lol)
E, já agora, se o carro com dístico verde tiver sido emprestado a alguém que, no seu, tem um autocolante de outra cor? Ou no caso inverso? Bem, talvez uma tatuagem colorida na testa resolva o problema ("vem aí trabalho para os tatuadores! o governo cumpre as metas prometidas! novas oportunidades para os alunos encravados! Sócrates reabilitado, etc.!", já se está a ver os comunicados do governo...); ou então suportes exteriores descartáveis, que possam ser utilizados pelos não-proprietários que o conduzam (viva a inovação industrial, talvez seja uma futura exportação!, mais pontos para o governo socialista), embora esta segunda solução possa, presumivelmente vir a originar problemas conjugais e a possíveis divórcios, com consequências importantes no aproveitamento escolar de muitos futuros cidadãos. Isto só assim, numa primeira análise...
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