24 outubro 2007

Urticárias


Muita gente aqui na blogoesfera tuga não se apercebe que o seu conceito de punição do disparate se aproxima perigosamente de um outro conceito chamado "censura". Pergunto eu: quem determina o que é ou não disparate? A quem damos o lápis azul? O disparate não precisa de quem o cale, mas de quem o rebata de forma livre e competente.
Recomenda-se a leitura desta longa posta na Memória Inventada (via Bl-g-x-st-).

6 Commets:

Blogger alf said...

A humanidade é uma coisa perigosa. Como já tenho dito, foi fácil convencer os alemães de que pertenciam a uma raça superior e que deveriam extinguir as outras para a sua se pudesse desenvolver; os alemães, os japoneses, ou convencer as pessoas que o colesterol mata, que o tabaco causa o cancro, que o CO2 aumenta a temperatura, que a subida de temperatura é um mal... a humanidade é um perigo, por isso não convem dar muita cobertura a quem diz coisas que podem ser usadas perigosamente. Este cavalheiro é mundialmente conhecido por estas coisas.. aliás consta que o trabalho que lhe deu o Nobel terá sido parcialmente "roubado" ... ninguém o impede de falar, de publicar, mas isso é diferente de o convidarem a fazer uma palestra.

Ou será que isto foi tudo montado para vender algum livro???

12:46 da manhã  
Blogger NC said...

Vai na volta!

9:32 da manhã  
Blogger João Pinto e Castro said...

Os meus amigos não sabem decerto o que era o lápis azul. Só isso pode explicar que apliquem a expressão com tanta ligeireza. Nenhum lápis azul ameaça o Watson, o que não quer dizer que ele não deva ser socialmente penalizado pelas bojardas que debita. Entendido?

10:35 da manhã  
Blogger NC said...

joão pinto e castro, Não vale a pena crispar-se pela ironia. Isto dos blogues não é para levar a peito. Mas para bom entendedor... Entendido?

12:35 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

O James Watson disse o que disse com a melhor das intencoes. Ele disse o óbvio, que as politicas para melhorar a vida dos afro-americanos simplesmente nao resultam, e que portanto seria interessante avaliar porquê. Na opiniao dele, e tem direito a ela, os africanos sao menos inteligentes que os brancos. Na minha, nao sao. Mas qual é o problema de referir opinioes?

Vamos imaginar um Estado imaginário, em que o vencimento de uma familia era dado pelo Estado benevolente, em proporcao à rapidez com que o pai e a mae corriam os 100 m. Rapidamente haveria uma classe superior negra, e uma classe pobre branca. Vamos também imaginar que um dos ricos senhores negros, famoso pelos seus baixos tempos dos 100 m uns 65 anos atrás, resolveu sugerir:
"Irmãos, talvez esta situacao nao seja perfeitamente justa para os brancos. Eles realmente sao tao mais lentos que, apesar de eu concordar que correr rapidamente os 100 m é uma boa medida do esforco e dedicacao de uma pessoa, me parece que toda esta desigualdade nao resida apenas numa menor dedicacao. Talvez seja possivel que os brancos sejam menos propensos a correr."
Os outros negros da classe superior iam logo dizer que isto era racismo contra os brancos, iam pedir imensas desculpas aos brancos, iam ridicularizar o senhor ja velhote, despedi-lo, e claro, continuar com o status quo, em que os negros viviam bem e os brancos seriam pobres...

Tambem interessante é que, para quem acha que o que Watson disse é mutio mau, a Fundacao Champalimaud é liderada pelo Watson e nao se pronunciou sobre isto. E os jornais portugueses propositamente ocultam isto.

Abracos, Rodrigo

10:24 da manhã  
Blogger NC said...

Rodrigo,

muito obrigado pelo teu comentário.

12:27 da tarde  

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