02 agosto 2006

E viva a canção de intervenção

Já que estamos numa de saudosismo, segue uma homenagem... mais ao estilo "Caldeirada de Neutrões".


Balada do Badalo

Canta! ó meu trovador de terras do Vizir
Canta as trovas com esféricos vocábulos
Que a tua prosa muita gente amofina
De tão indizível quanto incompreensível

Animas a malta do Pragal até à Lapa
Terras de irmandade e incêndios de Verão
Com poesia que diz desdizendo
As agruras da vida de estudante

O "soldadinho" educa a populaça
Do alto da sua barcaça
Não há quem lhe vire o leme
A sua mão firme não treme
(Olha!!! esta rimou!)

Nas deprimidas terras do Sul
Onde a Catarina bateu as botas
Soas os acordes de além mar
E as vozes do outro lado dos montes

Com papões cavernosos
As crianças nos assustaste
Vejam bem que atrevimento
De quem nos deu verde milho

Cobrir a canalha na mortalha
E fumá-la com palha
Cortada com a foice que vinga
Com mais cinco danados para a pinga
(Olha!!! Outra que rimou!)

Ah! e quase me esquecia
Não há trova que Maio não cantes
E manhã de Abril que não escorra da tua pena
Abril inspirado no ido Outubro

O que é certo e sabido
é que sem ti estariamos mais pobres
Serias génio no outro lado da luta
Cantarias contra outros filhos da... mãe.