A Fé na Ciência
Quando o Homem trabalha nos limites da Ciência acaba quase sempre por agarrar-se a uma Fé. Quando entra num campo de incerteza, tem de abrir determinados pressupostos (baseados quase sempre na intuição) e a partir deles tenta desbravar caminho. Esse caminho custa a percorrer e se os pressupostos estiverem errados, lá se pode ir uma vida de trabalho. Tentar manter esses pressupostos torna-se vital. Por isso é muito frequente encontrar casos, como nos exemplificam muito bem o alf e o Nuno Teles, em que quando as observações não batem certo com as teorias conclui-se que as observações estão erradas em vez da teoria. Em Economia, e certamente noutras ciências sociais, as coisas ainda pioram mais dadas as dificuldades em "observar". Formam-se então as "escolas" que se agarram a um determinado prisma atacando todos os que a contrariem, em busca da hegemonia científica. Qual cruzada.
2 Commets:
http://range-o-dente.blogspot.com/2007/09/cincia-na-f-e-f-na-cincia.html
Excelente constatação e exposição. A questão a analisar agora é: porquê?
Num comentário que eu faço no blogue ktreta sobre este tema digo que ser "crente" é inerente à condição humana, ou seja, à nossa estrutura cerebral - seja na religião, ciência, política, futebol, etc, etc.
Um adepto dum clube de futebol vê sempre o árbitro a prejudicar o "seu" clube - ser crente é isto, é ter uma percepção deformada da realidade.
Temos de perceber que isto acontece connosco e tomar medidas para não sermos crentes pelo menos numa área em que nos interesse particularmente acerder à verdade. Isso implica duvidarmos de tudo o que nos digam nessa área - eu sempre me interessei por física e, por isso, não tirei o curso de física, pois para isso teria de "acreditar" no que me ensinassem para passar nos exames. Isto para mostrar que ser "não-crente" não é fácil e dá muito mais trabalho do que ser "crente"
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