18 agosto 2008

Jogos Olímpicos e política


Não há maneira de os dissociar. Aliás, as grandes competições desportivas internacionais são eventos com significado político. O "pedido" do presidente chinês para que se deixem as questões políticas de lado, é completamente infantil. Não há volta a dar. Se os Jogos Olímpicos fossem despidos de qualquer conotação política:

- Na cerimónia de abertura dos Jogos não haveria entrada no estádio por nacionalidades mas por modalidades;
- Não haveria rankings das medalhas por países mas simplesmente por atletas;
- Não haveria hastear de bandeiras na entrega de medalhas em provas individuais (em modalidades de equipas como o futebol, já faria algum sentido, mas continuaria a ter conotações políticas);
- Não haveria envolvimento nem apoios estatais nos comités olímpicos nacionais;
- Não haveria empenho das figuras de estado em estarem presentes na abertura dos Jogos;
- Não haveria boicotes nem ameaças de boicotes;

Por mais que não se queira aceitar, os Jogos Olímpicos são um forma de afirmação de poder por parte dos países que neles participam, em especial as grandes potências.

A confirmá-lo estão postas como esta e também esta.

4 Commets:

Blogger alf said...

Bom post.

Então como se podem entender as afirmações do presidente chinês?
Quererá ele dizer que durante os jogos olímpicos e suspenda a política «suja», a batota política?

Que «política» = «vigarice»

Deve ser isso de que ele fala.

Mas não tem sorte! Então não é que no próprio dia da abertura dos jogos a Geórgia faz aquele incrivel ataque à Ossétia? Uma manobra suja para fazer os russos cairem numa armadilha que ainda não percebi. Terá a haver com o agitar do espantalho russo para fazer o Obama perder as eleições? Parece que em fim de mandato os presidentes americanos gostam de fazer uma guerrazinha com paises civilizados, onde não há bombistas suicidas...


Se nos lembrarmos, o ataque à Sérvia também foi precedido por uma invasão dos albaneses a provocar a reacção sérvia, que depois serviu de alibi à invenção americana.

E se recuarmos até às guerras mundiais, voltamos a encontrar este figurino...

10:29 da tarde  
Blogger alf said...

a propósito da geórgia ver o post do blogue Um Homem das Cidades

http://citadino.blogspot.com/

10:36 da tarde  
Blogger NC said...

Não gostei. Achei-o pouco sério e muito anti-americano. Muita teoria da conspiração para o meu gosto.

9:24 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Primeiro existe aqui uma confusão entre nacionalismo e patriotismo. Relembro ainda que os atletas entram na cerimónia de encerramento todos juntos.

Depois a classificação de medalhas não é oficial.

«Não haveria empenho das figuras de estado em estarem presentes na abertura dos Jogos»

Qual o problema?

Gostar do país em que se nasceu não é detestar os outros e muito menos entrar em guerra.

Os jogos são políticos e sempre foram políticos. Haverá algo de mais político do que a trégua olímpica.

6:30 da tarde  

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