17 outubro 2007

Coisas perfeitamente normais


Hoje vi na tv uma notícia sobre um embróglio ali para os lados do Porto. Parece que foi permitida a construção de um prédio com janelas e varandas viradas para um terreno contíguo. Ao que parece, isso é ilegal e o proprietário do outro terreno conseguiu uma sentença (acórdão?) do Supremo Tribunal a dar-lhe razão. Achei curioso que se tenha apenas frisado en passant que a responsabilidade também deveria ser compartilhada pela Câmara.
Este caso sugeriu-me, no seu tratamento pelos media, muitas similaridades com o caso da REN. Parece que as entidades estatais apenas são ligeiramente culpadas pela situação criada. Num caso e noutro, não foram entrevistados representantes dos organismos oficiais que são responsáveis pelas licenças e permissão das alegadas aberrações. Nem sequer os tribunais pela lentidão do seu funcionamento (para o caso ter chegado ao Supremo, imagino o tempo que o homem já deve andar às voltas com o processo). A incompetência e ineficácia da máquina burocrática nunca é posta em causa nos termos do real escândalo que isso significa. Coisas perfeitamente normais...

1 Commets:

Blogger alf said...

Óptima a imagem como sempre!

Caro Tarzan, um Estado liberal é algo muito complexo de pôr a funcionar! " O liberalismo não é um mar de rosas". Pois não.

é por isso que as empresas e organizações não são "liberais", são hierarquicas - é muito mais simples.

Nós vimos duma sociedade que não era "liberal". É preciso mudar muitas coisas, e isso só se vai fazendo à medida que vamos sentindo o erro...

6:30 da tarde  

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