17 outubro 2007

O liberlismo não é nenhum mar de rosas

Muitas são as tentativas de demonstrar que o modelo liberal não nos serve demonstrando que não é o mar-de-rosas que se apregoa. Têm razão. E apoiarei quem denuncie os que o apregoam. O modelo liberal (neo-, ultra-, hiper- , ... o que seja) não é nenhum mar-de-rosas, nenhum remédio-santo, nenhum paraíso. É, no entanto, melhor que os modelos estatistas e centralizados que estes críticos do liberalismo defendem.
Os modelos liberais são preferíveis aos modelos estatais. De modo análogo, prefiro uma democracia com todos os seus defeitos a uma ditadura com todas as suas qualidades. E, da mesma maneira, quem argumentar que a democracia é remédio santo de todos os problemas, está a mentir.

2 Commets:

Blogger Diana said...

Sim, Ok! Será melhor. Só não percebi por que é que é melhor...

7:36 da manhã  
Blogger NC said...

Porque preza a liberdade individual. Porque parte do princípio que cada indivíduo deve ser responsável e responsabilizado pelas suas escolhas. Porque defende que o colectivo não se deve sobrepor ao indivíduo.

A analogia com a dicotomia democracia /ditadura foi propositada. Numa ditadura existe uma elite que se arroga o direito de decidir por todos nós. Numa democracia é dada voz ao povo e as elites dirigientes têm, até certo ponto, de agradar ao povo e de respeitar a sua vontado. Claro que tudo isto parece muito bonito mas nunca é bem assim. As coisas não são a preto e branco a autocracia das ditaduras tem limites bem como a real representatividade das democracias é frequentemente posta em causa. Uma das subversões da democracia é quando as elites dirigentes de todo o espectro partidário se alheiam da realidade e governam "entre si". Como quem tem poder quer sempre mais poder a elite quererá sempre controlar mais e mais - sempre em nome do "bem comum" (uma abstração que muda ao sabor dessas mesmas elites) e outros desígnio semelhantes - e isso é sempre feito à custa da retirada de poder de decisão aos indivíduos. O Estado passa a imiscuir-se em tudo o que pode. É claro que muita gente (do "povo") até agradece que isso acontece. Em muitos países isto funciona bem. Mas a liberdade individual é sempre sacrificada em nome do colectivo.

Estes textos que vou escrevendo de vez em quando têm como pretensão alertar que a "cultura dominante" precisa de prezar mais a liberdade do indivíduo e não deixar-se iludir pela pretensa omnipotencia do Estado.

10:37 da manhã  

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