O assalariado é um potencial especulador
A propósito deste texto no Ladrões de Bicicletas (já pus um cadeado na minha!) e sobre o qual já lá deixei um comentário. Mais uma vez, o João Rodrigues usa de um tom diabolizante e arrogante no que se refere aos mercados financeiros e à perspectiva liberal da economia, o que me causa sempre um desejo impulsivo de o comentar.
Caro João Rodrigues, os trabalhadores assalariados também podem ser analisados numa perspectiva de mercado. Como deve estar "careca" de estudar, um trabalhador assalariado não é mais que uma pessoa que oferece o seu trabalho a outra entidade em troca de dinheiro. à semelhança do investidor financeiro, o trabalhador tenderá a tentar encontrar a melhor oportunidade no mercado de forma a maximizar a renda por cada hora trabalhada. Há quem tenha sucesso porque possui o mérito suficiente a exercer uma profissão, que é um bem escasso, e que o motiva só por si. Para tal não basta ter qualidade, é também necessário mostrar essa qualidade, e arranjar o melhor "papel de embrulho" possível para se "vender". O agente elabora um currículo bem estruturado, tenta brilhar nas entrevistas de emprego, obtém bons desempenhos, etc... Basicamente, tenta convencer que lhe paga de que ele é a melhor opção disponível no mercado ainda que isso não seja, necessáriamente verdade.
Há os que simplesmente tiveram sucesso arranjando um emprego onde pouco mais é necessário do que picar o ponto, porque conseguiram encontrar no mercado uma entidade empregadora disposta a acolhê-los. Também este teve uma atitude típica de um investidor: encontrou o activo que lhe maximizou a rentabilidade a um custo mínimo.
O sindicato que força a entidade patronal a subir os salários acima da produtividade média dos seus empregados e que dificulte a entrada a trabalhadores não sindicalizados, não faz mais do que exercer o seu poder no mercado usando-o para valorizar o trabalho ao máximo.
Independentemente das considerações morais que se possam fazer sobre estes casos, ambos evidenciam semelhanças com os mercados financeiros. A especulação está presente na esmagadora maioria dos mercados. E o assalariado também faz parte de um mercado.
Caro João Rodrigues, os trabalhadores assalariados também podem ser analisados numa perspectiva de mercado. Como deve estar "careca" de estudar, um trabalhador assalariado não é mais que uma pessoa que oferece o seu trabalho a outra entidade em troca de dinheiro. à semelhança do investidor financeiro, o trabalhador tenderá a tentar encontrar a melhor oportunidade no mercado de forma a maximizar a renda por cada hora trabalhada. Há quem tenha sucesso porque possui o mérito suficiente a exercer uma profissão, que é um bem escasso, e que o motiva só por si. Para tal não basta ter qualidade, é também necessário mostrar essa qualidade, e arranjar o melhor "papel de embrulho" possível para se "vender". O agente elabora um currículo bem estruturado, tenta brilhar nas entrevistas de emprego, obtém bons desempenhos, etc... Basicamente, tenta convencer que lhe paga de que ele é a melhor opção disponível no mercado ainda que isso não seja, necessáriamente verdade.
Há os que simplesmente tiveram sucesso arranjando um emprego onde pouco mais é necessário do que picar o ponto, porque conseguiram encontrar no mercado uma entidade empregadora disposta a acolhê-los. Também este teve uma atitude típica de um investidor: encontrou o activo que lhe maximizou a rentabilidade a um custo mínimo.
O sindicato que força a entidade patronal a subir os salários acima da produtividade média dos seus empregados e que dificulte a entrada a trabalhadores não sindicalizados, não faz mais do que exercer o seu poder no mercado usando-o para valorizar o trabalho ao máximo.
Independentemente das considerações morais que se possam fazer sobre estes casos, ambos evidenciam semelhanças com os mercados financeiros. A especulação está presente na esmagadora maioria dos mercados. E o assalariado também faz parte de um mercado.
2 Commets:
"O sindicato que força a entidade patronal a subir os salários acima da produtividade média dos seus empregados e que dificulte a entrada a trabalhadores não sindicalizados, não faz mais do que exercer o seu poder no mercado usando-o para valorizar o trabalho ao máximo."
Talvez seja mais preciso se se diser ...
... exercer o seu poder no mercado usando-o para valorizar ao máximo o trabalho dos seus associados.
A história dos 'interesses de classe' é uma treta.
.
Os sindicatos são, no fundo, especuladores, na medida em que constantemente tentam forçar a cotação de um dado activo genérico - o trabalho - acima do seu valor intrínseco. Diria mesmo que Carvalho da Silva não passa de um Red Bull!
Enviar um comentário
<< Home