05 fevereiro 2007

Estranhos costumes os dos antigos


Foi preciso ler uma biografia de Mozart para ficar a saber que afinal isso do "antigamente é que havia respeitinho", talvez não seja bem verdade. Pelo menos no século XVIII não devia ser uma noção tão geral como a que temos hoje.
No manuscrito da partitura de um concerto para trompa escrito para um seu amigo, Mozart, vai escrevinhando pérolas tais como: "Para ti, cavalgadura", "Vem-te" "Já acabaste?". "grande besta!", "ai, porco medonho", "finalmente vieste-te?"
E quando escreve a uma prima "eu cago [...] sempre pelo mesmo buraco, que ainda não está gasto, nem um bocadinho, apesar de me servir dele diariamente"?
Ou quando se despede da irmã: "Adeus, meu pulmãozinho. Beijo-te, meu fígado, e sou para sempre, meu estômago, o teu indigno... Ai, por favor, minha querida irmã! Tenho qualquer coisa a fazer comichão. Vem coçar-me!"
Já não espanta que à mulher tenha escrito, antes do regresso de uma viagem: "Prepara com muito carinho o teu querido e doce ninho - que aqui o meu rapazinho bem merece![...] vais levar logo na primeira noite umas valentes palmadas nesse teu querido rabinho digno de ser beijado."

Bem!... Poder-se-á pensar que o homem era um excêntrico de tão genial. Talvez seja. Mas então a sua mãe, Maria Anna Mozart, ainda devia ser mais genial pois escreveu ao marido, durante a viagem a Paris - "Fica bem, meu querido, meu amor, minha paixão. Mete o cú pela boca abaixo." - para ver se o animava.
Maria Anna Mozart

Com referências destas não querem que o mundo esteja como está...

Nota: Para não ferir a susceptibilidade dos mais sensíveis foram omitidas as partes picantes dos textos acima transcritos