01 fevereiro 2007

E eu que já me preparava para ir brincar ao quarto escuro com a minha Maria...




Em primeiro lugar, apenas agora soube de tal iniciativa. Haveria muita coisa a dizer, mas não me apetece. Mas queria fazer uma vénia aos grupos ambientalistas que, pela primeira vez que me lembre, tomaram uma atitude séria afastando-se do folclore que muitas vezes reveste este tipo de iniciativas. Um ponto negativo para os jornalistas que não perceberam nada das explicações dadas para a ineficiência da campanha. Vejamos:


Francisco Ferreira afirma que, em termos práticos, a medida pode "provocar algum desequilíbrio na rede eléctrica, uma vez que a produção deve ser igual ao consumo"

Até aqui, tudo bem.


Todo o sistema vai continuar a funcionar e durante cinco minutos isso vai ser ignorado, o que vai implicar desperdício de energia.

Desculpe? Não percebi. Importa-se de explicar? Então se a «produção deve ser igual ao consumo» como é que «isso vai ser ignorado»? Então e se «vai ser ignorado», como é que isso se vai repercutir em «desperdício de energia»?


A mesma explicação já tinha sido avançada ontem à agência Lusa por Amarante Santos, gestor de sistemas da Rede Eléctrica Nacional

Ai não disse não. O sr jornalista é que deve ter percebido mal...


A Quercus, bem como a rede europeia de associações ambientalistas a que pertence, não aderiu a esta iniciativa da Aliança para o Planeta. O mesmo foi decidido pela Greenpeace e pela WWF.

Um aplauso também para eles, vá lá.