As vantagens de viver no Ocidente
O mais recente caso foi o da manipulação de uma fotografia, veiculada pela Reuters, de Beirute após um bombardeamento. A agência noticiosa anunciou entretanto que não irá publicar mais fotos do colaborador (Adnan Hajj) que forneceu esta imagem.
Infelizmente, há outro caso de suspeita de conluio entre jornalistas e militantes do Hezbollah (via Blasfémias). Esperam-se mais desenvolvimentos na guerra da informação.
Estes casos suscitam uma questão que resulta da liberdade de informação no mundo ocidental. Quando a informação é fortemente controlada por um Estado ou instituição isso é geralmente conhecido do público. Por isso, quem recebe essa informação sabe que ela é total ou parcialmente distorcida de forma a "favorecer" a imagem do Estado e "desfavorecer" os seus adversários políticos, ideológicos, militares, etc...
Numa situação de liberdade de imprensa em que, à partida, os órgãos de informação são independentes do Estado ou qualquer instiutição, o público desenvolve a convicção que as imagens , fotos e informação que recebe são fidedignas. Por isso, não filtra a informação como no caso acima referido. Por isso, o público fica mais vulnerável à desonestidade de um qualquer orgão de informação que, consciente ou inconsientemente, se põe ao serviço de uma determinada organização ou partido.
Mais uma vez tenho de se tecer um louvor à blogoesfera que conta com bons autores, conhecedores das mais variadas matérias e que não perdem nenhuma oportunidade de desmontar informação distorcida que surja nos grandes meios de comunicação e que dão pistas para que um público mais alargado possa estar mais atento ao que lhe "vendem".
Digam lá que isto de viver no Ocidente do século XXI não tem as suas vantagens...
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