16 junho 2009

Mínimas

Creio que era de la Palisse que dizia "Citar é de uma grande falta de imaginação".

Nota: Esta vai dedicada ao grande José Bandeira

09 junho 2009

Mais serviço público


A Caldeirada de Neutrões tem o prazer de apoiar uma iniciativa - que se quer o mais liberal possível - de apelo ao civismo dos automobilistas chamada "Quero andar a pé! Posso?". Porque os peões não têm culpa dos problemas de estacionamento nas cidades. Destaco particularmente a iniciativa de afixação de autocolantes, disponíveis para impressão no blog, em condutores prevaricadores. Aproveito para lembrar que, neste tipo de iniciativas é necessário que se respeite a integridade física e moral de pessoas e viaturas. Naturalmente.

02 junho 2009

Os efeitos da crise afectam principalmente os ricos


Vejam este, por exemplo, já nem tem dinheiro para o parquímetro quando vai almoçar ao Clube dos Empresários.

Passamos a palavra para o maluquinho dos órgãos


Serve a presente posta para dar a conhecer (ainda que algo tarde) o lançamento do CD "Obras de Dietrich Buxtehude" interpretado pelo organista português Rui Paiva. Começo por dizer que é um CD absolutamente extraordinário a todos os níveis. É raro haver edições discográficas de música para órgão tão boas como esta mesmo a nível interncacional. Melhor que isto só em SACD com mistura 5.1...

Rui Paiva escolheu, para tocar obras de Buxtehude, o órgão português mais adaptado ao repertório de órgão do Norte da Alemanha do final do séc. XVII: o òrgão da Sé Catedral de Faro construido pelo organeiro Johann Heinrich Hulenkampf que foi discípulo do maior mestre de construção de órgãos alemão/neerlandês do século XVII, Arp Schnitger. Tal como o órgão foi escolhido para tocar Buxtehude, também houve o cuidado de escolher as obras de Buxtehude mais adequadas a este instrumento em concreto. Houve, por isso o cuidado de escolher peças para as quais são necessárias quase exclusivamente os manuais. A pedaleira é utilizada apenas em escassas ocasiões e de forma meramente pontual e mínima.

A interpretação de Rui Paiva é clara e viva, sem ornamentação excessiva e com cuidado em fazer mais do que debitar notas. Outra coisa não seria de esperar de um aluno do falecido Joaquim Simões da Hora. A registação é variada, inteligente, criteriosa e obediente ao carácter das peças e suas secções e, tanto quanto possível, à estética sonora da época em que estas obras foram escritas. A qualidade técnica da gravação, sem ser excepcional, é muito boa.

A apresentação física e gráfica do CD é de luxo. Em digipack, profusamente ilustrado (como nunca vi) com fotografias de grande qualidade técnica e artística. OS textos são bastante enriquecedores e sem grandes tecnicismos musicológicos ou organológicos e encarregam-se da contextualização das obras gravadas e da apresentação do instrumento e sua história. No final é possível encontrar as registações utilizadas nas peças executadas, característica que é altamente desejável para quem se interessa pelo repertório de órgão mas que, infelizmente, nao é muito comum encontrar em gravações de órgão. Creio, inclusive que é a primeira vez que isto acontece num CD gravado em Portugal, algo a que o facto de Rui Paiva ser professor de órgão (de miúdos e graúdos) não será alheio.


Fixem bem a capa. Se a virem nas lojas peçam para escutar. Se gostarem, comprem. Vala cada euro gasto.

Conselho aos navegantes, amantes da Caldeirada

Aos queridos leitores peço desculpa pela longa pausa sem aviso. Derivado a motivos relacionados com questões, vai deixar de haver regularidade na puclicação de postas. Aconselho os fãs deste blogue a inscreverem o blogue num daqueles programas de RSS que avisam quando ele é actualizado. Quem é amiguinho?